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Cartão de fidelidade permite ter 'small data' de consumidor

Plataformas armazenam hábitos de consumo do cliente e podem servir de base para promoções personalizadas

Ação deve ser bem segmentada para não importunar público com mensagens ou telefonemas excessivos

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Se grandes empresas usam o "big data" para coletar e analisar uma enorme quantidade de dados dos clientes, pequenos negócios podem ter acesso a um "small data". Uma das formas de obter essas informações são sistemas de gerenciamento de programas de fidelidade.

Nesse tipo de plataforma, o empresário cadastra os clientes que querem participar das promoções. Os formulários partem de informações básicas como nome e data de nascimento e podem incluir itens como quanto cada pessoa costuma gastar, onde mora, se tem filhos, tamanho de roupa que usa etc.

A partir daí, é possível organizar todos os clientes em diferentes grupos, de acordo com suas afinidades, e realizar ações mais específicas, diz Fernando Gibotti, fundador do GS Group, empresa responsável pelo programa de fidelidade Fidelêco.

As ideias de como usar essas informações para se relacionar com as pessoas podem ir desde coisas simples, como enviar promoções para todos os aniversariantes de uma semana, até ideias mais personalizadas. O custo para uso dessa ferramenta é de até R$ 199,90 por mês.

A tendência reflete, em escala bem menor, algo que as grandes empresas já fazem e é conhecido como "big data": armazenar uma enorme quantidade de informações sobre compras e hábitos de seus clientes e, a partir disso, tomar decisões personalizadas, como o tipo de anúncio que cada pessoa receberá em seu e-mail.

A aatag fornece tecnologias para que companhias distribuam a clientes um cartão magnético usado para o acúmulo de pontos em programas de fidelidade --o estabelecimento gasta R$ 349,90 pela instalação e uma mensalidade de R$ 229.

O cadastro dos consumidores pode ser feito a partir da sincronização de dados com o Facebook da pessoa, que pode definir quais dados aceita compartilhar.

A cada compra que o consumidor faz e armazena pontos no cartão, o sistema alimenta automaticamente um banco de dados a respeito dos hábitos do indivíduo.

André Castro e Silva, 39, dono de uma unidade da franquia da barbearia Isac.com em Uberlândia (MG) e coordenador da rede de 14 unidades, conta que a principal utilidade dessas informações, no caso de seu negócio, é a possibilidade de classificar os clientes de acordo com sua assiduidade e o volume que gastam.

Ele conta que tem o hábito de ligar ou enviar torpedos para clientes quando percebe que eles estão há mais de 60 dias sem ir à barbearia, eventualmente oferecendo alguma oferta. Ele também gosta de pensar em estratégias para manter fiéis os clientes que gastam mais.

IMPORTUNAR

Segundo o consultor do Sebrae-SP Gustavo Carrer, este tipo de conhecimento a respeito dos consumidores pode ser de grande utilidade se as mensagens e anúncios de desconto forem direcionadas aos clientes certos.

Se as informações sobre os clientes forem usadas sem cuidado com a segmentação, corre-se o risco de a ação ter um efeito negativo. "Somos assediados a partir de diversas mídias e de forma invasiva. Se as ações forem feitas de forma desordenada, isso pode afastar os clientes da empresa, diz Carrer.

Para o consultor, a necessidade ou não da contratação de um desses serviços depende do número de clientes do estabelecimento. Quando se tem até 500 clientes, pode ser suficiente fazer seu gerenciamento a partir de ferramentas gratuitas como Excel.


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