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Silício na areia

TED Global vira a praia dos estrangeiros em Copacabana; palestras reúnem 68 nacionalidades em plateia de mil pessoas

MARCO AURÉLIO CANÔNICO FABIO BRISOLLA DO RIO

Acostumada a receber hordas de turistas estrangeiros que se misturam aos cariocas de estratos sociais variados, a praia de Copacabana se transformou, nesta semana, em sede de uma espécie de clube privê internacional de palestras, o TED Global.

A conferência, que se tornou muito popular na era digital, com seu formato de palestras curtas (18 minutos cada), com temas pop, engajados ou artísticos, ilustradas por vídeos, fotos e infográficos, ocorre pela primeira vez no Brasil.

Se não fosse, porém, pela praia e pelos trabalhadores que falam português (garçons, seguranças, atendentes etc.), seria difícil perceber que o evento ocorre no país.

A língua oficial, tanto nas palestras quanto nos letreiros, é o inglês, e a imensa maioria dos mais de mil participantes é estrangeira.

"Deve ser por causa do ingresso, é muito caro para os nossos padrões", diz a atriz Maitê Proença, uma das que pagou os US$ 6.000 (cerca de R$ 15.000) que incluem todas as palestras, almoço e lanches diários --além de uma sacola de brindes cheia de itens de patrocinadores que, por si só, ajudam a entender o espírito do evento e de seus frequentadores: toalha de piquenique, chinelos de dedos, sabonetes e cremes de vegetais brasileiros, um adaptador para tomada etc.

Dentro da megatenda, decorada no exterior com mais de 1.500 sombrinhas brancas e vermelhas, há uma grande sala central refrigerada, com sofás, poltronas, áreas de alimentação --os lanches industrializados disponíveis incluem itens como granola, açaí e barrinhas de cereais.

A trilha sonora do ambiente inclui os brasileiros Moreno Veloso e Seu Jorge (cantando David Bowie) e os mexicanos do Café Tacuba.

Há ainda um lounge cercado na praia, onde ocorrem desde aulas de ioga durante a manhã a almoços e festas pós-palestras.

O TED Global se propõe a ser mais do que um ciclo de palestras. A pretensão de seus organizadores é promover também a troca de conhecimento entre os participantes. Na terça-feira (7), por exemplo, houve uma sequência de conversas de três minutos de duração entre os credenciados para o evento que estavam dispostos a interagir com desconhecidos. Era um formato semelhante aos encontros de solteiros organizados por agências especializadas, mas, desta vez, em uma versão corporativa.

Até mesmo um aplicativo para celular foi desenvolvido para facilitar a comunicação entre as pessoas que assistem às palestras em Copacabana.

Ao inserir sua senha de cadastro no TED Global, o usuário tem acesso a uma lista com nomes e fotos das 1.048 pessoas credenciadas para o evento, entre elas palestrantes e organizadores.

A partir daí, para iniciar uma conversa nos moldes do aplicativo WhatsApp, basta adicionar um participante e aguardar pela aprovação.

"Além de histórias inspiradoras, aqui encontrei pessoas que estão em busca de novas ideias. Acho que este é o ponto em comum entre todos que estão aqui", disse a americana Cindy Chen, moradora de San Francisco, na Califórnia, e convidada do evento.

"Sou funcionária da Skoll Foundation, uma das patrocinadoras do TED, e por causa deste apoio ganhei o convite para estar aqui", diz Cindy.

A organização do TED Global no Rio não informou o número exato de participantes que compraram ingressos.


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