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Mercedes para produção em dezembro

Paralisação de um mês faz parte das medidas para ajustar o estoque de veículos pesados à demanda do mercado

Montadora também irá readequar produção de caminhões em São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG)

DE SÃO PAULO

A Mercedes-Benz anunciou que irá paralisar durante o mês de dezembro a produção em suas duas fábricas de caminhões e ônibus, localizadas em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) e Juiz de Fora (MG).

A medida busca ajustar seu estoque de veículos comerciais, que atualmente é de 30 dias, à demanda do mercado.

Também será realizada uma readequação das linhas. A partir de 2016, a planta de São Bernardo do Campo fará a montagem final de todos os caminhões da empresa. Já a fábrica de Juiz de Fora construirá apenas a cabine, além de fazer a pintura.

"A produção em 2014 deve ficar 26% abaixo do registrado no ano passado. Por isso, decidimos utilizar as fábricas de maneira mais eficiente", afirmou o presidente da Mercedes-Benz no Brasil, Philipp Schiemer.

A readequação nas linhas de produção representará um investimento de R$ 730 milhões da Mercedes. É uma contrapartida ao acordo salarial firmado entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

SEM REAJUSTE

Segundo o novo acordo, válido até 2017, não haverá reajuste salarial em 2014. Nos três anos seguintes, a correção será feita com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Também foi definida uma nova fórmula da participação nos lucros, além da redução de 10% da grade salarial para novos empregados.

Desde maio, 1.200 funcionários da Mercedes em São Bernardo do Campo estão em regime de "lay-off" (suspensão temporária contrato de trabalho). Outros 500 estão em férias coletivas.

A montadora ainda negocia a extensão do prazo de "lay-off", mas não definiu se a nova suspensão irá ocorrer.

Na fábrica de Juiz de Fora, os trabalhadores estão parados desde terça-feira (7) em protesto contra a transferência da linha de montagem dos caminhões.

De acordo com o sindicato da região, os 450 empregos da fábrica estariam ameaçados, já que não seriam necessários tantos funcionários para as novas atividades.

A Mercedes afirma que não haverá demissões. "Não estamos pensando em mudança de nível de emprego em nenhuma das fábricas", afirmou Schimer.

Em relação ao futuro das vagas nas duas plantas, o executivo afirmou que dependerá do volume das vendas nos próximos meses. "Tentamos sempre manter os empregos. Mas chega um momento em que esse esforço coloca em perigo todos os outros empregos da fábrica", disse Philipp Schiemer.

OUTRAS MONTADORAS

Outras montadoras também paralisam a produção ou cortam vagas, devido a queda nas vendas e nas exportações de automóveis.

Volkswagen e Renault irão interromper temporariamente suas linhas de montagem em São José dos Pinhais (PR) entre outubro e novembro.

Na segunda-feira (6), a General Motors encerrou um programa de demissão voluntária na fábrica de São José dos Campos (a 97 km de São Paulo), que teve adesão de 33 empregados. O sindicato local afirma que a montadora planeja cortar outros 200 funcionários temporários.


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