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Bilionários do planeta aumentam seus investimentos em imóveis

Cresce fatia do dinheiro que vai para mercado imobiliário e setor atrai novas empresas

JENNIFER BISSELL DO "FINANCIAL TIMES"

"As oportunidades não têm fronteiras", diz Donald Trump. Com novos projetos em lugares tão diversos quanto a Índia, Brasil e Geórgia, o bilionário magnata dos imóveis diz que momento é empolgante para diversificar.

Trump é conhecido por ter feito sua fortuna no mercado de imóveis, mas agora conta com a companhia de uma classe emergente de investidores imobiliários, muitos vindos de outros ramos.

Amancio Ortega Gaona, o quarto maior bilionário do planeta e fundador da Zara, criou um portfólio de imóveis que vale mais de US$ 6,1 bilhões. Sua holding, a Ponte Gadea, abocanhou a Devonshire House em Londres por US$ 400 milhões, e um imóvel no Meatpacking District (NY) por US$ 94 milhões.

Indivíduos com patrimônio pessoal muito elevado (da ordem de mais de US$ 30 milhões) tendem a deter um quarto de seu patrimônio em imóveis, de acordo com a consultoria Knight Frank. A fatia está em alta, de acordo com a mesma pesquisa.

No geral, os investidores gastaram US$ 1,2 trilhão em imóveis comerciais em 2013, alta de quase 80% ante 2010, de acordo com a consultoria Real Capital Analytics.

Com US$ 51 bilhões fluindo para os imóveis comerciais de valor superior a US$ 10 milhões apenas neste ano, Nova York e Londres continuam a ser destinos preferenciais.

"Os imóveis comerciais oferecem rendimento firme como o dos títulos de dívidas, propiciados pelos aluguéis, mas com potencial de alta semelhante ao das ações, quando o valor dos aluguéis começa a subir", diz Peter MacColl, diretor da Knight Frank, no "Relatório Patrimonial 2014".

Fundos de pensão e fundos nacionais de investimento se tornaram, com isso, participantes importantes do mercado de imóveis, afirma.

Uma pesquisa da Knight Frank com mais de 23 mil pessoas de altíssimo patrimônio revelou que mais de 40% haviam ampliado a fatia que destinam ao investimento imobiliário no ano passado, e que outros 47% planejavam fazer o mesmo em 2014.

O número de pessoas com patrimônio altíssimo subiu em 3% em 2013 em todo o mundo e, segundo a Knight Frank deve crescer mais 38% na próxima década.

O boom no mercado residencial segue o do setor comercial. Em Nova York, antes que fosse aberto o escritório para vendas do One57, um edifício residencial de 90 andares, a incorporadora já havia vendido quatro unidades, por US$ 150 milhões cada uma, para estrangeiros, diz Howard Lorber, presidente do conselho da imobiliária Douglas Elliman.

Cerca de 15% das pessoas de altíssimo patrimônio do planeta estão considerando se mudar de país, segundo a Knight Frank, e EUA e Reino Unido estão no topo da lista dos destinos pretendidos.


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