Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Remessas de montadoras caem 68% no ano

VENCESLAU BORLINA FILHO DO RIO

As remessas de lucros e dividendos das montadoras de veículos ao exterior caíram 67,7% de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

O volume, de US$ 1,375 bilhão (cerca de R$ 2,75 bilhões), foi inclusive menor do que o registrado em 2009, quando o Brasil passou a sentir os efeitos da crise financeira nos Estados Unidos.

As montadoras não explicaram as causas para a queda. Para especialistas, a alta do dólar e a necessidade de investimentos locais contribuíram com o resultado.

Por outro lado, pegou mal para o setor a divulgação do recorde de US$ 5,58 bilhões (R$ 11,2 bilhões) em remessas em 2011, o que levou a uma forte reação do governo.

Do começo do ano passado até setembro, o dólar valorizou 23%, passando de R$ 1,65 para R$ 2,03. Já a Anfavea (associação dos fabricantes de veículos) anunciou investimentos de US$ 21 bilhões até 2015 no setor.

"Esses fatores influenciaram no resultado, principalmente os investimentos em um mercado em ascensão, com forte concorrência", afirma Fernando Sarti, diretor do IE (Instituto de Economia) da Unicamp.

No começo do mês, o governo publicou as novas regras do regime automotivo. Nelas, as empresas terão que cumprir metas de redução de consumo de combustíveis e de emissão de poluentes para não pagar mais impostos.

Para Stephan Keese, da consultoria Roland Berger, as montadoras têm reforçado o caixa das filiais brasileiras para garantir a execução dos investimentos anunciados.

Ao mesmo tempo, no entanto, ele pontuou que as montadoras não registraram aumento no ganhos neste ano porque não reajustaram os preços dos veículos.

"As margens, que anteriormente eram maiores, foram reduzidas neste ano porque os preços não foram reajustados e a concorrência favoreceu o consumidor", disse.

Desde maio deste ano, o setor também passou a contar -assim como ocorrido em 2009- com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

A medida, com efeito até o final do ano (já foi prorrogada duas vezes), elevou as vendas de veículos em 4% até setembro no país.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página