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Setor de consumo não adapta marketing a mudanças, diz estudo

Pesquisa mostra que empresas mudam constantemente de direção em estratégias para lidar com 'mundo em mudança'

Redes sociais não podem ser ignoradas porque marcas podem ser manipuladas, afirma especialista

NELSON DE SÁ DE SÃO PAULO

Pesquisa mundial da consultoria americana Ernst & Young, com 285 executivos de empresas de produtos de consumo, apontou a "complacência estratégica" como o maior risco para o setor, diante da reviravolta causada pelas novas alternativas de comunicação e marketing.

"O mundo está mudando tão rapidamente, há tanta complexidade, que as estratégias que funcionavam no passado não são mais suficientes para o sucesso hoje -e certamente não serão amanhã", diz Andrew Cosgrove, analista global de produtos de consumo da E&Y.

Mas "articular essa nova estratégia tem sido um desafio", acrescenta Patricia Novosel, vice-líder de produtos de consumo e responsável pelo estudo.

Só 30% das empresas ouvidas disseram acreditar que têm uma estratégia simples e articulada diante da "disrupção". Na maioria dos casos, "elas veem o problema, começam numa direção, mas mudam, fazem algo diferente e parecem nunca levantar voo", diz Novosel.

BRASIL e EMERGENTES

O estudo, além da pesquisa com questionário, realizou entrevistas mais "aprofundadas" com alguns dos executivos, entre eles Enrique Calvo, da Procter & Gamble para o Brasil, Gabriela Garcia, da Hypermarcas, e José Roberto Lettiere, da Alpargatas.

A atenção com Brasil e outros, segundo Cosgrove, se deve à sua crescente importância para o setor.

"A realidade é que, para as grandes empresas, o avanço tem vindo dos mercados de crescimento, como chamamos, ou emergentes", diz, em contraponto a "mercados maduros" como a França.

Alfredo Della Savia, sócio da Ernst & Young no Brasil, afirma que o país apresenta dificuldades específicas às empresas. Cita o Nordeste, onde o crescimento da economia é maior, mas a infraestrutura é "pobre". Também o desemprego baixo, que eleva a disputa por "talento".

Não faltam desafios. Calvo, da Procter & Gamble, declara no estudo que "é difícil prever para onde vai" o setor de produtos de consumo.

"A chave é vencer por todos os canais. Nossa visão é espalhar a força e equilibrar o crescimento em todos. Não esquecer ângulo nenhum."

Fiona Araújo, da E&Y no Brasil, acrescenta que as empresas dizem não podem ignorar redes sociais como Facebook, Twitter e LinkedIn, porque as marcas serão manipuladas nas mesmas, de um jeito ou de outro.

Outra "questão-chave", envolvendo mídia social, é que o retorno dos consumidores, na "conversa em duas mãos", já começa a ser usado nos departamentos de pesquisa e desenvolvimento, para alterar e melhorar os produtos.


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