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Governo atribui queda de ações a erro dos analistas de mercado

Para ministro interino, investidores foram mal orientados

VALDO CRUZ JÚLIA BORBA DE BRASÍLIA

O governo responsabiliza os analistas de mercado por boa parte da queda no valor das ações das empresas do setor elétrico ocorrida desde que foi anunciado o programa de redução das tarifas.

"Houve um erro de avaliação de analistas, que precificaram as ações no mercado acionário tomando como certo que o governo iria renovar as concessões do setor com manutenção da rentabilidade das tarifas", disse o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.

Segundo ele, esses analistas não orientaram da forma correta seus clientes.

"Quando o governo optou por esse caminho, deixou claro que buscaria uma redução nas tarifas", disse.

"O que foi anunciado agora foi amplamente discutido. Tem um grupo de trabalho formado há dois anos. Só quem não lê jornal não sabe que vamos baixar tarifas", minimizou o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim.

"Cada analista faz a conta e assume o risco que quiser, mas depois esse acionista que se explique a seus clientes."

Segundo a Folha apurou, o governo foi informado de que um fundo de investimento estrangeiro adquiriu 5% das ações da Cesp porque recebeu a orientação de que as concessões da empresa seriam renovadas com manutenção das tarifas.

Como isso não aconteceu, os responsáveis pela administração do fundo reclamaram com o governo, que respondeu não ter dado garantia alguma de tarifa.

Zimmermann afirmou ainda que todos os cálculos do governo levaram em conta a cobertura dos custos de operação e manutenção, com remuneração na casa de 10%.

Ele não acredita que os investimentos em modernização das atuais instalações fiquem comprometidos, pois as empresas podem fazer um pedido à Aneel.

Se a agência considerar justa a reivindicação da empresa, poderá haver uma correção no preço da tarifa de energia elétrica.

Zimmermann acrescentou que não cabe ao governo garantir rentabilidade para que haja investimentos em novas usinas. "Aí é uma realidade de mercado."


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