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Governo barra entrada de calçado malaio

Suspeita é que produto na verdade seja fabricado na China, que, desde 2010, paga sobretaxa para ingressar no país

Após adoção de taxa contra China, compra de calçados da Malásia cresceu 1.500% em 2010 em relação a 2009

David Gray - 17.out.2012/Reuters
Mulher olha sapatos em Pequim; produto chinês paga sobretaxa para entrar no Brasil
Mulher olha sapatos em Pequim; produto chinês paga sobretaxa para entrar no Brasil
RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

As importações brasileiras sofrerão nova restrição do governo a partir de hoje. O alvo agora é a venda de calçados.

O Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) publica hoje portaria que proíbe a entrada de parte dos produtos provenientes da Malásia.

Uma investigação apontou que houve fraude nos documentos apresentados ao governo por uma das produtoras malaias e que os calçados eram, na verdade, fabricados em outro país.

A empresa ficará proibida de exportar os calçados até que consiga comprovar que fabrica de fato a mercadoria.

Segundo o governo, a infração é cometida quando produtores tentam burlar medidas antidumping (dumping é a venda abaixo do preço normal no país de origem).

A suspeita é que os produtos barrados sejam chineses.

Desde março de 2010, os produtores de calçados da China têm de pagar uma sobretaxa para vender suas mercadorias no Brasil, já que o governo constatou que o país praticava dumping.

ENTRADA MACIÇA

As importações de calçados da Malásia explodiram a partir da adoção da medida antidumping contra a China.

Naquele ano, o Brasil importou 5,5 milhões de pares de calçados da Malásia, um crescimento de 1.500% ante 2009, fazendo do país o quarto maior fornecedor de calçados para o Brasil. Em 2011, 3 milhões de calçados malaios chegaram no país.

Com as investigações, o número desabou. Até setembro deste ano, foram importados 85 mil calçados malaios.

"Se o calçado não fosse chinês, bastaria que o certificado de origem fosse verdadeiro. É difícil pensar em outro motivo para a fraude que não uma tentativa de desvio da medida antidumping", afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior.


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