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Emprego e salário sofrem com queda na produção industrial

Recuo de 1% registrado em setembro prejudicou abertura de vagas

PEDRO SOARES DO RIO

Os dados de setembro do IBGE sobre o mercado de trabalho na indústria mostram uma piora, com queda mais intensa do emprego, recuo do rendimento e menor número de horas destinadas à produção -indicador que, se fosse positivo, poderia apontar retomada nas contratações.

O emprego, que caiu 0,3% de agosto para setembro, nem sequer reagiu à melhora da produção indústria no período de junho a agosto -quando cresceu 2,2%.

Em setembro, a produção recuou 1% e fez empresários abortarem seus planos de abertura de vagas.

"O resultado frustrante da produção industrial afetou as expectativas das empresas, e o emprego, que reage com defasagem, nem teve tempo de se recuperar", diz Fernando Abritta, técnico do IBGE.

Com a produção em queda, as empresas frearam jornadas adicionais e as horas pagas recuaram 0,6% ante a agosto. O rendimento também caiu (2,1%), mas o tombo "devolveu" a alta de agosto na mesma proporção, que embutia o efeito atípico do pagamento de participação nos lucros da Petrobras.

"O quadro do emprego industrial é de forte retração e de caráter geral [espalhada pela maioria dos setores e regiões]", diz o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industria). A entidade não vê perspectivas de recuperação no curto prazo.

Na comparação com 2011, os indicadores mostram esse cenário. Houve perda de emprego pelo 12º mês seguido ante setembro de 2011 (-1,9%).

Maior parque industrial do país, São Paulo teve queda mais intensa (-3,1%) e puxou o desempenho geral para baixo. Entre os setores, as perdas mais significativas ficaram com ramos que empregam muito e sofrem maior concorrência externa, como calçados, vestuário, têxteis e madeira.


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