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Caixa aumenta consórcio para R$ 700 mil

Para acompanhar valorização imobiliária, banco mais do que dobrou o teto da carta de crédito oferecida a cliente

HSBC, Itaú Unibanco e Banco do Brasil já haviam aumentado o teto; modalidade é ideal para médio e longo prazos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DE SÃO PAULO

A Caixa Econômica Federal, líder em financiamento habitacional no país, está se adaptando ao boom do mercado imobiliário no segmento de consórcios.

A instituição financeira mais que dobrou o valor máximo da carta de crédito, passando de R$ 300 mil para R$ 700 mil. Esse patamar já havia sido alcançado pelos concorrentes Banco do Brasil, Itaú Unibanco e HSBC.

"Entendemos que era uma boa hora porque tem demanda importante para essas faixas acima de R$ 300 mil", afirma o diretor de consórcios da Caixa, Maurício Maciel.

Até outubro, as vendas de cotas imobiliárias no banco registraram um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2011.

O vice-presidente de consórcios do Itaú Unibanco, Luis Matias, diz que o banco ampliou o teto ao perceber que os clientes compravam mais de uma cota para chegar ao valor desejado.

A valorização imobiliária e a compra de mais de uma cota também são apontadas pelo executivo sênior de produtos e segmentos do HSBC, Sami Foguel, para o aumento do valor pelo banco.

Há quase um ano com a oferta de crédito de até R$ 700 mil, o tíquete médio dos consorciados do Banco do Brasil subiu para R$ 237 mil, valor 64% superior ao do período em que as cotas tinham teto mais baixo.

"Os novos valores são voltados às demandas dos consorciados que querem manter o poder de compra em regiões de grande valorização imobiliária", explica Gueitiro Matsuo Genso, diretor de crédito imobiliário do BB.

Segundo ele, o interesse dos participantes em imóveis comerciais também contribuiu para a medida.

PERFIL

Cansados de pagar aluguel, Maria Ester e José Francisco de Sousa entraram num consórcio imobiliário neste ano. Há 13 anos morando em Guarulhos, na Grande São Paulo, o casal cearense, que tem uma pequena empreiteira ao lado do filho, deseja comprar um sobrado de três dormitórios com uma carta de crédito de R$ 450 mil.

"Escolhemos o consórcio porque nunca tivemos dinheiro suficiente para comprar uma casa em um bairro bom", diz Maria, 64 anos.

Após pesquisar as linhas de financiamento imobiliário, o engenheiro elétrico Alexandre Aoki, 45, percebeu que o consórcio era a modalidade mais adequada para ele, que tinha dinheiro guardado para dar um lance alto.

Já com imóvel próprio, resolveu comprar uma carta de crédito de R$ 270 mil. Logo no quarto mês como consorciado, Aoki conseguiu o bem.

Especialistas indicam a modalidade para quem precisa do bem a médio ou longo prazos, já que, se não for sorteado logo ou arrematar a carta de crédito ao dar um lance, o cliente pode ter de esperar mais de 16 anos para ter o dinheiro -casos da Caixa e do BB, com prazos máximos de 200 meses.


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