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Desenvolvimento depende de ações de longo prazo

DE SÃO PAULO

Os fatores que poderiam fazer com que São Paulo estivesse melhor no ranking dos principais centros financeiros dependem de medidas que só tendem a surtir efeito no longo prazo, afirmam analistas.

Isso ajuda a explicar o fato de a cidade, hoje, aparecer bem colocada quando executivos são perguntados pela consultoria Z/Yen Group sobre os centros que tendem a ganhar relevância, mas nem sequer figurar entre as dez em que os entrevistados pretendem abrir escritórios no curto prazo.

Esse ranking é dominado por centros financeiros asiáticos e outros já estabelecidos -como Londres, Nova York e Luxemburgo.

"A escassez de mão de obra qualificada é, por exemplo, um problema que atrasa novos projetos no Brasil", diz Renato Furtado, diretor da empresa de recrutamento de executivos Russell Reynolds Associates.

Ele conta estar tocando alguns projetos para empresas financeiras há mais de um ano que ainda não deslancharam por falta de mão de obra qualificada.

Furtado também cita o excesso de burocracia e a dificuldade em trazer trabalhadores de outros países como entraves ao desenvolvimento da cidade. "Ainda somos muito menos globais do que Cingapura e Londres, por exemplo."

AMPLO, MAS LOCAL

No estudo da Z/Yen, São Paulo é classificada como um centro "amplo" mas "local", ao contrário de cidades importantes de países desenvolvidos, que são consideradas "transnacionais" ou "globais".

Para Marzo Bernardi, diretor-executivo da gestora de recursos Western Asset, fatores como o regime tributário complexo e oneroso e as intervenções do governo no mercado de câmbio representam entraves ao maior desenvolvimento da capital paulista como centro financeiro.

Ele diz que, no caso da Western Asset, por exemplo, São Paulo serve como base para o atendimento de clientes de outros países da América Latina, mas não para a distribuição de fundos ou produtos que não estejam vinculados a ativos brasileiros.

Apesar das barreiras citadas por analistas, Ian Harris, sócio da Z/Yen, afirma que a avaliação da capital paulista tem melhorado gradualmente.

Há cinco anos, a cidade tinha alcançado 434 pontos no ranking geral dos centros financeiros. Na versão mais recente do estudo, lançada em setembro passado, essa nota havia subido para 619.

"Esse é um progresso significativo e sustentável, afirma Harris."


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