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BC não persegue 'dólar ideal', diz Tombini

Presidente do BC afirma, porém, que entidade intervirá para evitar valorização do real

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, insistiu ontem em que a instituição não persegue um nível específico para a taxa de câmbio, mas ressaltou que a instituição continuará intervindo para evitar valorizações excessivas do real.

As manifestações foram uma resposta ao aumento das especulações sobre o interesse do governo em manter o real mais fraco, para favorecer a produção local.

Nos últimos meses, as intervenções do BC no mercado cambial alimentaram a percepção entre operadores de que a autoridade monetária trabalhava para manter o dólar entre R$ 2,00 e R$ 2,10. Neste mês, no entanto, aumentou a especulação de que o governo está interessado numa taxa acima de R$ 2,10.

Ontem, a moeda norte-americana fechou o dia com alta de 0,14%, a R$ 2,098, mantendo-se no maior nível desde maio de 2009.

Em audiência com parlamentares no Congresso, ao menos três vezes Tombini abordou o tema câmbio.

Segundo ele, a recente alta do dólar reflete a piora do cenário externo devido a três fatores: o rebaixamento da nota de risco da França pela agência Moody's, a preocupação com o possível corte de gastos públicos nos EUA devido à crise fiscal e a guerra entre israelenses e palestinos.

"Não temos nenhuma banda formal ou informal dessa moeda [o dólar]. O BC não defende nem para baixo nem para cima nenhum nível de taxa de câmbio", afirmou.

Tombini, no entanto, deixou claro que o BC continuará atuando para evitar uma valorização do real para além do que, segundo ele, estaria de acordo com os fundamentos da economia brasileira.

O presidente do BC voltou a dizer que ações de outros países para conter a crise -por exemplo, a injeção de recursos na economia pelo banco central dos EUA, o Fed- tendem a valorizar o real.

"O BC continua praticando exatamente a política cambial que sempre praticou, tomando as precauções para que o real não vire uma moeda de valorização muito além dos seus fundamentos."

Na apresentação aos parlamentares, Tombini afirmou também que a previsão do BC de que a economia brasileira teria um desempenho melhor no segundo semestre se confirmou. Apesar disso, a projeção atual do BC é de alta de apenas 1,6% do PIB em 2012.


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