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Seleção de 'trainees do bem' tem forte disputa
Programa que visa captar recursos para hospital registra 87 candidatos/vaga
Hospital filantrópico de Curitiba atrai universitários que querem seguir carreira em ONGs
Guilherme Pupo/Folhapress |
Equipe de trainees do hospital Pequeno Príncipe; jovens trabalham até 12 horas por dia |
Eles competem entre si para ganhar a "bola de ouro" do melhor vendedor. Soam uma campainha e gritam "fechei mil!" toda vez que conseguem uma conta. Alguns trabalham até 12 horas por dia na época do fechamento de mês. Mas não estão numa grande empresa, e sim num hospital filantrópico de Curitiba.
O grupo, formado por universitários de 18 a 21 anos, integra um dos únicos programas de trainee do terceiro setor no país, do hospital Pequeno Príncipe, voltado para a captação de recursos.
A entidade é um dos maiores centros pediátricos do Brasil e formará neste ano sua quarta turma de trainees.
A concorrência média do processo é de 87 candidatos por vaga. A seleção se dá em três etapas, e o treinamento inclui palestras com queridinhos do mercado e aulas de como falar em público.
Neste ano, o programa está com inscrições abertas até domingo (25), para 12 vagas.
CARREIRA
Do programa, os trainees do Pequeno Príncipe dizem levar, além da bagagem profissional, a vontade de seguir carreira em ONGs.
"Não me vejo trabalhando com outra coisa", diz o trainee Felipe Bulek, 21, estudante de administração na Universidade Federal do Paraná.
"A gente é cobrado, tem metas, a estrutura é igual à de uma grande empresa, mas trabalhamos por uma causa nobre", diz Bulek.
Dos 28 trainees que já passaram pelo programa, 14 permanecem na instituição
-6 em cargos de liderança. Os demais estão empregados em multinacionais ou abriram suas próprias empresas.