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Queda de 79% nas receitas leva Celesc a não renovar concessão
Ações da Eletrobras fecham com valorização de 5,5% após tombo de 47% em cinco dias
A queda significativa de 79% na receita levou a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) a não renovar as concessões pela medida provisória 579, informou ontem a empresa em comunicado.
A MP antecipa o fim das concessões de usinas e linhas de transmissão e impõe novos contratos paras as empresas do setor elétrico. O objetivo do governo, com a medida, é reduzir o custo da tarifa de de energia.
O conselho de administração da Celesc já deliberou pela não adesão dos termos de renovação antecipada das concessões das usinas hidrelétricas Bracinho, Garcia, Cedros, Salto, Ivo Silveira, Palmeiras e Pery.
O tema será deliberado em assembleia geral extraordinária no próximo dia 30.
A proposta para a renovação das concessões derrubou o valor das ações das empresas do setor elétrico nas últimas semanas.
Os investidores reagem às exigências impostas pelo governo para a renovação: a redução das tarifas a partir de 2013 e o valor das indenizações que serão pagas por ativos não amortizados -abaixo do estimado pelas empresas e por analistas.
Ontem, as ações preferenciais (sem direito a voto) da Eletrobras recuperam parte das perdas de 47% nos cinco pregões anteriores com uma alta de 5,5%. Os papéis da companhia têm sido punidos por investidores em razão de sua direção ter informado que recomendará aos acionistas a renovação das concessões nos moldes do governo.
CEMIG
O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), vai aos EUA na semana que vem para assinar dois financiamentos com bancos estrangeiros e, com isso, pagar uma dívida de R$ 5 bilhões com a Cemig.
Na segunda, ele assina contrato de financiamento com o Banco Mundial no valor de US$ 450 milhões (R$ 940 milhões) em Washington.
Na quarta-feira, formaliza outro financiamento, de US$ 1,3 bilhão (R$ 2,72 bilhões), com o banco Credit Suisse em Nova York.
