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Valor de ações 'constrange' presidente da Petrobras

Graça Foster diz compreender críticas de acionistas, que querem reajuste

Papéis da companhia acumulam queda de quase 16% no ano; executiva nega data para aumentar gasolina

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A presidente da Petrobras, Graças Foster, afirmou estar constrangida com a situação das ações da empresa na Bolsa de Valores.

As ações da companhia caíram 2,27% ontem e acumulam perdas de 15,78% no ano.

"Essa questão das ações é uma demonstração de quão aborrecidos estão os acionistas minoritários", afirmou, após ser questionada por empresários se possuía papéis da empresa. "Eu compreendo isso e faço disso minha motivação. É algo que me constrange profundamente."

Mesmo assim, ela considerou que o preço atual do papel da empresa "não é justo".

A declaração foi dada em evento organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) na tarde de ontem.

A empresa, que teve seu pior rendimento do ano em setembro, é pressionada por acionistas para elevar o preço da gasolina. Além da queda de produtividade, calcula-se que os preços do combustível estejam defasados em 25% em relação ao mercado internacional.

Segundo assessores da presidente Dilma Rousseff ouvidos pela Folha na semana passada, executivos da Petrobras falam da necessidade de um aumento de 12% a 15% no próximo ano para elevar investimentos. Graça Foster defendo o reajuste, mas o governo resiste porque teme seus efeitos na inflação e nos custos para o setor produtivo.

A alta estava programada para depois das eleições, mas foi adiada.

Apesar da divergência, Foster disse ontem que não existe uma queda de braço com o governo e que não há uma data para o aumento da gasolina.

A companhia apresentou melhora de 5,2% na produção em outubro em relação ao seu desempenho de setembro. Mesmo assim, o número representa uma piora de 3% em relação ao mesmo período de 2011.

No mês passado, a empresa produziu 1,94 milhão de barris de petróleo no Brasil, ante cerca de 2 milhões em outubro de 2011 e 1,84 milhão em setembro.

Já a produção total de petróleo e gás natural da Petrobras, que engloba os campos no Brasil e no exterior, atingiu, em outubro, a média de 2,5 milhões barris de óleo equivalente por dia (petróleo mais gás), número 4,4% maior ao de setembro de 2012.

Foster destacou que, a médio e longo prazo, é esperado um reajuste de preços para compensar os resultados que, segundo ela, a companhia não está tendo hoje.

SUCESSÃO

No evento, Foster também alfinetou a gestão anterior, quando afirmou que a Petrobras trabalha muito com eficiência, "mais nos últimos meses ou no último ano".

A presidente assumiu a companhia no início de 2012 e criticoua gestão de José Sérgio Gabrielli, que não teria cumprido metas nem apresentando balanços realistas.


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