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Prefeitos dos EUA querem elevar comércio

Comitiva, que reúne ainda empresários, está em SP e tem interesse também em logística, infraestrutura e tecnologia

Para ex-prefeito de Chicago, os dois governos deveriam discutir temas como vistos e barreiras

RAUL JUSTE LORES DE NOVA YORK

Depois de uma série de governadores americanos, chegou a vez de os prefeitos de várias cidades dos Estados Unidos começarem a explorar oportunidades de negócios no Brasil.

Dentro da "Iniciativa de Cidades Globais", estarão hoje em São Paulo o presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, e o prefeito de Los Angeles, Antonio Villarraigosa.

Além deles, o evento terá o ex-prefeito de Chicago (por seis mandatos consecutivos, 1989-2011) Richard Daley, o diretor do instituto Brookings Bruce Katz e 40 prefeitos e empresários.

A comitiva tem interesses principalmente em logística, infraestrutura e tecnologia.

A seguir trechos da entrevista com Daley e Katz.

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NOVO FOCO

Bruce Katz - Estamos mudando o foco da economia americana, para uma economia mais voltada a exportações, investimentos no exterior e em inovação.

Para diversos líderes americanos, é consenso que o Brasil está crescendo, que há diversas oportunidades de investimento.

Richard Daley - As relações entre os dois países estão melhores, mas ainda há muito a ser feito. Nos debates da campanha presidencial, jamais se falou sobre o que acontece ao sul da nossa fronteira. Não se falou de América Latina. Os prefeitos sabem da importância da região, da importância de exportações e importações no continente.

POUCOS EXPORTAM

Katz - [Essas missões são] uma enorme mudança cultural, antes só olhávamos para dentro. Mesmo hoje, 1% das empresas americanas exportam. Tanto Brasil como Estados Unidos são mais focados no mercado doméstico, exportamos menos do que podemos e temos afinidades, com o crescimento do turismo e do intercâmbio entre estudantes.

BRASIL X EUA

Daley - Os dois países precisam se sentar e criar uma lista de assuntos que concordamos e fazê-los andar. Sempre haverá quatro ou cinco temas de discordância, o que é normal, mas precisamos avançar em vários temas, da concessão de vistos a barreiras comerciais.

Katz - Quanto mais comunicação, melhor. Os prefeitos sabem o preço desse isolamento. Precisamos de mais empresários, políticos, estudantes e artistas circulando entre os dois países. Acho que os presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff já deixaram isso claro.

Daley - Por conta da política nacional, só usávamos o açúcar americano, mais caro. E fomos perdendo mercado, e a indústria de balas de Chicago desapareceu. O prefeito vê de perto uma realidade e é bastante mais pragmático sobre comércio internacional.


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