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Empresas já indicam que vão usar benefício

Marcas japonesas de luxo devem adotar divisão de cotas para pagar tributo menor, que começa a valer em 2013

Desde que o governo elevou o IPI, no fim do ano passado, a alemã Audi aumentou em 7,8% o preço de seus modelos

Marijan Murat - 13.set.11/Efe
O piloto alemão Sebastian Vettel posa ao lado de modelo da Infiniti, marca de luxo da Nissan que virá ao Brasil em 2014
O piloto alemão Sebastian Vettel posa ao lado de modelo da Infiniti, marca de luxo da Nissan que virá ao Brasil em 2014
GABRIEL BALDOCCHI DE SÃO PAULO

Montadoras instaladas no Brasil poderão emprestar suas cotas de importação do regime automotivo para trazer do exterior modelos de outras marcas do grupo com tributação reduzida.

Pelas novas regras do setor, todos os veículos vendidos no país terão um adicional de 30 pontos percentuais a partir de 2013.

Para conseguir o abatimento nos nacionais, montadoras terão de cumprir exigências como investimento em pesquisa e índice de nacionalização de insumos.

A redução do adicional do IPI nos importados é restrita a três cotas.

A primeira é voltada às comercializadoras, grupos sem fábrica no país e sem projeto de construí-la, como a Kia.

O cálculo da cota é feito com base nas importações dos últimos três anos, limitado a 4.800 veículos por ano.

A segunda estará disponível às produtoras que excederem os índices mínimos exigidos no regime, até o limite de 4.800 unidades/ano.

Há ainda uma cota para as importadoras com projetos para trazer fábrica ao país. O desconto do IPI vale para a metade do volume que será produzido na unidade.

SOMA

Os benefícios são complementares, ou seja, a mesma empresa pode acessar as três.

É o caso da Fiat e da Nissan, por exemplo. Ambas já têm fábrica no Brasil, mas constroem novas unidades.

A italiana poderia usar as cotas para as importações de Chrysler. A outra via (Chrysler-Fiat) também é válida.

A relação entre as marcas ajudaria a Alfa Romeo, em um eventual retorno ao país.

Ferrari e Maserati, também do grupo italiano, não entram na regra porque estão sob a responsabilidade de um importador autorizado.

As japonesas lideram o grupo das potenciais beneficiárias. A Toyota poderia emprestar cotas para recém-chegada divisão de luxo Lexus; a Honda, para a Acura, e a Nissan, para a Infiniti.

Esta última confirmou sua entrada no país no sábado, antes de ver o piloto Sebastian Vettel se tornar campeão da Fórmula 1 -a Infiniti é patrocinadora da sua equipe.

A companhia já sinalizou que pretende usar as cotas da Nissan. "Não é possível trazer veículos do Japão com Imposto de Importação e [adicional de] IPI", afirma o presidente da Nissan no Brasil, Christian Meunier.

A Toyota também estuda a medida. Segundo a empresa, o uso das cotas pela Lexus vai depender de estratégia.

A cota é bem-vinda para as empresas. Como são marcas estreantes, não têm histórico de importação e, portanto, não conseguiriam o benefício como comercializadoras.

Como exemplo do impacto dos 30 pontos no preço final dos modelos, a Audi elevou em 7,8% os preços desde que o governo criou a primeira barreira aos importados no final de 2011.


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