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Entrave argentino não pode prejudicar parceria, diz Dilma

Declaração, diante de Cristina Kirchner, ocorre em meio à queda nas exportações brasileiras para vizinho

Presidente brasileira critica desvio de comércio que beneficia parceiros de outros continentes

Juani Roncoroni/Brazil Photopress/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff e sua colega argentina, Cristina Kirchner, em los Cardales
A presidente Dilma Rousseff e sua colega argentina, Cristina Kirchner, em los Cardales
FERNANDA ODILLA ENVIADA ESPECIAL A LOS CARDALES (ARGENTINA)

Diante da colega argentina, Cristina Kirchner, e de uma plateia de empresários, a presidente Dilma Rousseff mandou um recado para a principal parceira comercial do Brasil na América do Sul.

Na viagem a jato que fez ontem à Argentina, Dilma disse que os entraves administrativos impostos pelo país vizinho a produtos brasileiros não podem prejudicar a parceria entre os dois países.

Expressou ainda insatisfação com o desvio de comércio que beneficia parceiros de outros continentes em detrimento de Brasil e Argentina.

"Será sempre preferível enfrentar e resolver atritos pontuais característicos das alianças fortes e estruturantes a cair no vazio deixado pela ausência de projetos comuns", disse Dilma, no discurso de encerramento de encontro promovido pela União Industrial Argentina em Los Cardales (60 quilômetros de Buenos Aires).

As declarações foram dadas num momento em que o Brasil perde espaço no mercado argentino, em especial para a China.

Números do Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censo) da Argentina sinalizam um cenário desfavorável ao Brasil: as importações de produtos brasileiros pela Argentina caíram 19,4% de janeiro a setembro de 2012, percentual superior à queda de 3,4% registrada no comércio com outros países.

Ontem, Dilma disse querer a Argentina como "sócia" comercial do Brasil. "Nossos arranjos não podem levar a uma situação de desvio de comércio recíproco em benefício de parceiros extrarregionais. Podemos e devemos ter parceiros extrarregionais, mas não em detrimento no avanço de nossa integração regional", disse a presidente.

Antes do evento, Dilma se reuniu sozinha por quase uma hora com a presidente argentina. Em seu discurso, Cristina Kirchner disse ter falado para a brasileira sobre a necessidade de desburocratizar as relações comerciais e fez lobby pelo lagostim portenho -a Argentina tenta vender camarões para o Brasil que, por ora, resiste em abrir seu mercado.

"Os lagostins argentinos são muito competitivos, muito maiores que os brasileiros", disse Cristina.


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