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Dado fraco não se traduz em avanço do desemprego

DO RIO DE SÃO PAULO

O senso comum leva a crer que fraco crescimento se traduz em desemprego mais elevado, como ocorre na Europa em crise. Mas não é o que acontece no Brasil, que convive com PIB modesto e taxas de desocupação em baixa.

Os motivos dessa aparente contradição, dizem especialistas, são a contínua formalização do mercado de trabalho, o crescimento da renda mesmo na crise (como em 2008 e 2009), a escassez de mão de obra qualificada e a maior oferta de serviços.

O setor de serviços, que demanda proporcionalmente mais trabalhadores, cresceu com força nos últimos anos, interrompendo essa tendência no terceiro trimestre.

Enquanto o PIB cresceu apenas 0,7% de janeiro a setembro deste ano, a taxa de desemprego é declinante, atingindo 5,7% na média desse período.

Para Caio Machado, economista da LCA, o avanço do emprego formal aumentou os custos de demissão.

Como empresários esperam uma retomada da economia em 2013, diz, as demissões são postergadas para evitar gastos com futuras recontratações.

Além disso, afirma Machado, falta mão de obra especializada, o que leva empresas a manter funcionários já treinados.

A menor oferta de trabalhadores e políticas como o reajuste do salário mínimo acima da inflação fizeram, por sua vez, o rendimento médio subir de modo contínuo desde 2004.

Mesmo com o fraco desempenho da economia, a renda cresceu 4%, em média, de janeiro a setembro.

Graças a esse avanço da renda, mulheres e jovens puderam postergar seu retorno ou sua entrada no mercado de trabalho, dedicando-se, por exemplo, aos estudos, afirma Rafael Bacciotti, da Tendências.


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