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Atraso em obras ameaça torneios no país

Apenas 1 das 31 intervenções de transporte previstas para a Copa das Confederações cumpre prazo, aponta TCU

Apesar de ressaltar importância do legado das obras, governo vem afrouxando critérios e mudando cronogramas

DIMMI AMORA FELIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

O atraso está goleando por 25 a 1 o Brasil no jogo das obras de transporte e aeroportos para a Copa das Confederações, evento marcado para junho de 2013.

Segundo previsão do governo brasileiro, divulgada em 2010, as seis cidades-sede do evento-teste da Fifa estariam com 31 obras desse tipo prontas até o início da competição.

Mas apenas uma está concluída: um "puxadinho" no aeroporto internacional de Brasília que custou R$ 4 milhões, menos de 1% dos mais de R$ 5 bilhões que serão investidos.

Das outras 30 obras, todas estão atrasadas em relação ao cronograma inicial, de acordo com levantamento do Tribunal de Contas da União de setembro.

Essas obras representam mais do que simplesmente garantir uma maneira rápida de chegar aos estádios no dia de jogos, seja na Copa das Confederações ou no mundial de 2014.

As melhorias no sistema de transporte público vêm sendo tratadas pelo governo como o principal legado da Copa do Mundo para a população, ainda mais em sedes cuja tradição no futebol é menor.

Os cronogramas dessas obras vêm sendo ajustados pelos responsáveis -prefeituras, governos estaduais e Infraero- ao longo dos últimos dois anos.

Nesses ajustes, das 30 obras que estariam prontas até o evento-teste, 22 passaram a ter prazo de conclusão previsto para depois da Copa das Confederações e 3 não serão mais realizadas, somando 25 projetos que não estarão disponíveis em junho do ano que vem, quando o torneio começa a ser disputado no Brasil.

MUDANÇA NOS PRAZOS

As sucessivas alterações de cronograma mostram na prática como o governo vem afrouxando os critérios para as obras da Copa.

Em 2011, a presidente Dilma Rousseff chegou a avisar a governadores que a obra que não tivesse sido licitada até o fim daquele ano estaria fora do evento.

Mas, de acordo com o levantamento de setembro deste ano, pelo menos dez obras de transporte ainda não tinham a fase de licitação concluída.

Segundo o Ministério do Esporte, a "matriz de responsabilidades passa por revisões periódicas, podendo envolver a inclusão ou a exclusão de empreendimentos", e um novo balanço deverá ser publicado até o fim do mês.

O órgão afirma que não haverá problemas. "O Ministério do Esporte reafirma que as obras essenciais para a Copa das Confederações 2013 e a Copa do Mundo 2014 estarão prontas para possibilitar a infraestrutura necessária à realização dos eventos."

No caso dos aeroportos, por exemplo, nenhuma das sete obras previstas nas cidades-sede da Copa das Confederações que estariam prontas até junho de 2013 vai cumprir o prazo. Alguns atrasos já preocupam até para a Copa do Mundo.

É o caso do aeroporto do Galeão (RJ), cuja reforma do Terminal 2 deveria estar pronta em abril deste ano, mas agora tem previsão de só estar concluída em julho de 2014. A Copa do Mundo acontece de 12 de junho a 13 de julho. No caso dos aeroportos, de 7 obras a fazer, 4 ainda não começaram.


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