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Vale corta 'um Sergipe' de verbas de 2013

Em reunião com investidores em Nova York, no entanto, presidente se disse otimista com desaceleração da China

Orçamento é de US$ 16,3 bi; diferença para os US$ 21,4 bi previstos equivale ao do Estado nordestino

RAUL JUSTE LORES DE NOVA YORK

A Vale anunciou ontem que vai reduzir os investimentos em 2013 em relação a 2012 por causa da demanda global mais moderada. No mesmo dia, a mineradora conversou com os investidores na Bolsa de Valores de Nova York.

Durante o chamado "Vale Day", o presidente da empresa, Murilo Ferreira, comemorou o aumento de licenciamentos ambientais para seus projetos no Brasil, além de acordos para reduzir pagamentos de royalties no país.

Ainda se demonstrou otimista com a desaceleração chinesa. "Acabo de voltar da China e todo mundo do governo com quem conversei disse que o pior já passou".

Apesar do otimismo, no Brasil a companhia informou um orçamento de investimento de US$ 16,3 bilhões (R$ 34,4 bilhões) para o próximo ano, valor inferior aos US$ 21,4 bilhões (R$ 44,9 bilhões) que tinham sido propostos no fim do ano passado para 2013.

A diferença, de R$ 10,5 bilhões, supera o Orçamento de Sergipe para o próximo ano.

SEM INVESTIR

Apesar dos cortes, o presidente da empresa comemorou o fato de que a empresa conseguiu cem licenciamentos ambientais em 2012, "um marco", o que vai permitir mais exploração do minério de ferro, com uma crítica direta ao seu antecessor.

"É uma mudança, pois a Vale ficou alguns anos, desde 2006, 2007, sem investir em seu negócio principal, que é o minério de ferro. Agora estamos nos preparando para crescer mais, crescimento com qualidade", disse.

Em comunicado pela manhã, a Vale já previu o pagamento de R$ 1,4 bilhão relacionados aos royalties de mineração no Brasil -tema em discussão com o governo, que cobra da mineradora o pagamento extra de cerca de R$ 4 bilhões.

Cerca de R$ 300 milhões já foram pagos e o R$ 1,1 bilhão restante "deve ser pago em breve".

Em entrevista em Nova York, Ferreira disse que há "muitos progressos" nos problemas fiscais da empresa, com "acordos justos" com os governos federal e dos Estados de Minas Gerais e Pará.

Ferreira disse que a "taxa mineral" de ambos Estados teve uma redução considerável do que "pretendiam praticar" (o equivalente a 75% a menos no Pará e a 60% de redução em Minas).

Também há acordos sobre a cobrança devida de ICMS em Minas Gerais durante os anos de 2006 e 2007.

Sobre a China, que consome 65% do comércio transoceânico de ferro, Ferreira se disse otimista.

Disse que o gigante asiático não voltará a ter crescimentos exuberantes de 11% ao ano, "quando a base era menor", mas disse que em 2012, deve ficar acima do previsto, 7,8%. "No ano que vem, talvez até mais."

Por conta do décimo aniversário do "Vale Day", a Bolsa de NY ofereceu um bolo de aniversário aos presentes.


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