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Térmicas podem corroer até três pontos da queda

DIMMI AMORA JÚLIA BORBA DE BRASÍLIA

A conta de luz das residências ficará acima do prometido pelo governo por causa do acionamento das usinas termelétricas neste ano. Como a energia dessas geradoras é mais cara, o desconto final pode ser de dois a três pontos percentuais menor.

Estimativas de duas instituições -Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) e Coppe/UFRJ (Instituto de Pós Graduação e Pesquisa em Engenharia)- chegaram a valores de gastos com térmicas entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,8 bilhões neste ano.

Já os cálculos do governo são de gastos menores e impacto menor na conta da eletricidade.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, "a estimativa do impacto do incremento da geração térmica por segurança energética está na ordem de um ponto percentual".

Mas o governo trabalha com um estimativa de gasto de R$ 1 bilhão no ano, enquanto o ONS (Operador Nacional do Sistema) afirmou à Folha que foram gastos, nos últimos meses, de R$ 600 milhões a R$ 800 milhões mensais para comprar energia de termelétricas movidas a carvão, óleo combustível ou gás.

O custo da energia gerada pelas térmicas é de quatro a cinco vezes maior do que das hidrelétricas.

Esse gasto a mais na geração da eletricidade O custo da geração térmica é dividida entre todos os consumidores brasileiros. A diferença é que o atendido por uma distribuidora, como CPFL ou Light, só começa a pagar essa conta quando a Aneel autoriza o repasse desse custo, o que ocorre uma vez por ano. O consumidor livre (indústrias), que não é atendido pelas distribuidoras, é obrigado a pagar esse custo mensalmente à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que administra o mercado livre.

A maioria das térmicas foi ligada neste semestre devido à falta de chuvas.

Para Fernando Umbria, especialista em energia elétrica da Abrace, o gasto será elevado neste ano porque os reservatórios, já com níveis baixos, ainda não voltaram a subir.

O pesquisador da Coppe Roberto Pereira d'Araújo afirma que a tendência é que as térmicas sejam ligadas com mais frequência a cada ano.


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