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Aumento do limite para uso do FGTS divide opiniões

Para especialista, uma elevação poderia causar mais aumento de preços dos imóveis

DE SÃO PAULO

Apesar de concordarem que R$ 500 mil é um valor relativamente baixo para um imóvel na capital paulista hoje, especialistas ouvidos pela Folha divergem quanto à pertinência do aumento desse limite para o uso do FGTS.

O principal argumento dos que são contrários a uma elevação é que a mudança poderia estimular mais aumento de preços no mercado.

"Isso tende a ocorrer principalmente na periferia, onde os valores ainda são mais baixos", diz Kleber Luiz Zanchim, professor de direito dos contratos do Insper, instituto de ensino e pesquisa.

"Além disso, é preciso considerar que os preços em São Paulo e no Rio de Janeiro são pontos fora da curva em relação ao mercado nacional. E a política do FGTS é nacional", afirma, ressaltando que, em outras capitais, R$ 500 mil são suficientes para comprar um bom apartamento.

Ainda de acordo com Zanchim, uma saída poderia ser regionalizar o limite, com a criação de diferentes faixas de valor conforme a região, como foi feito no Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional do governo.

"Essa solução, no entanto, é complicada de implantar, pois é preciso definir critérios para determinar cada teto."

Na avaliação de Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), o aumento do limite não puxaria os preços de mercado.

ATUALIZAÇÃO

"A elevação desse limite estaria acompanhando uma uma valorização que já ocorreu", diz Lazari, destacando que medida semelhante já foi tomada em 2009, quando o limite foi alterado de R$ 350 mil para R$ 500 mil.

"É necessária uma nova atualização para atender melhor o consumidor que vai financiar um imóvel."

Celso Amaral, diretor corporativo do Geoimovel e da Amaral D'Avila Engenharia de Avaliações, compartilha dessa opinião.

Para o executivo, o limite precisa de um "aumento importante", para R$ 600 mil ou R$ 700 mil.

Segundo apuração da Folha, bancos negociam com o governo, pelo menos desde o segundo semestre de 2011, elevação para R$ 750 mil.


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