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Citigroup vai cortar 11 mil; demissões chegam ao Brasil

Santander pode demitir 10% dos funcionários no país, dizem sindicatos; banco não confirma esse percentual

Dispensas nos dois bancos visam reduzir despesas e adequar estrutura de pessoal à competição do setor

DE SÃO PAULO

O Citigroup decidiu demitir 11 mil funcionários no mundo. Desta vez, o corte atingirá também o Brasil, um dos poucos países em que o banco cresce e que tinha sido poupado nas últimas reduções de funcionários.

No Brasil, 14 agências serão fechadas nos próximos meses. O banco tem 198 unidades no país.

O critério para o fechamento de agências será a sobreposição de unidades. Deverão ser fechadas agências que operam muito próximas umas das outras ou em regiões que não tenham uma massa suficiente de clientes de alta renda, perfil de público no qual o banco passará a concentrar esforços no país.

O Citi afirma que, mesmo com essa reestruturação, nenhum local deixará de ser atendido pelo banco no país.

Os cortes têm por objetivo de reduzir as despesas e economizar US$ 900 milhões no próximo ano e US$ 1,1 bilhão por ano a partir de 2014.

Procurado, o Citigroup no Brasil afirmou que não tinha informações sobre quantas demissões ocorrerão no país e nem quando isso ocorrerá.

A área de "consumer banking" (na qual se incluem as operações das agências) será uma das mais afetadas pelos cortes. Deverão ser demitidos 6.200 funcionários em todo o mundo.

Ainda assim, o banco terá cerca de 4.000 agências no mundo após os cortes.

SANTANDER

No Brasil, o Santander deverá demitir cerca de 5.000 funcionários até amanhã, segundo o sindicato dos bancários. Pelo menos 2.000 pessoas já teriam sido desligadas até ontem.

Se for confirmada a informação, o Santander deve demitir cerca de 10% de seus funcionários no país. Em setembro, o banco empregava 54,7 mil pessoas, segundo o Banco Central.

O Santander Brasil não confirma esse número de cortes, mas reconhece que está fazendo um "ajuste em sua estrutura" para se adequar ao "contexto competitivo" da indústria bancária.

"As informações referentes a uma forte redução do número de funcionários não correspondem à realidade."

Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), afirmou que as demissões têm se concentrado em funcionários com cargo de gerência, com mais de dez anos de empresa e que vieram de bancos que foram comprados pelo Santander, como Banespa e Real.

Funcionários em todo o país realizaram paralisações anteontem e ontem em protesto, afirmaram os sindicalistas. Os papéis do Santander tiveram alta de 0,7% na Bolsa paulista.


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