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Análise Crescimento em 2013

Consumo e agricultura virão em alta, mas investimento não dá sinal de reagir

SÉRGIO VALE ESPECIAL PARA A FOLHA

Depois do fiasco do PIB do terceiro trimestre, as expectativas estão em torno de como será a recuperação da economia neste final de ano.

Muitos passaram a acreditar que os dados muito fracos poderão até fazer com que o BC pense em voltar a diminuir a taxa de juros nas próximas reuniões. Mas será que o quarto trimestre será tão desastroso a ponto de mudar a percepção do banco?

As primeiras indicações são de uma recuperação moderada no início do último quarto do ano. Quase todos os dados apontaram crescimento substancial em outubro e a própria produção industrial apresentou crescimento no dado interanual pela primeira vez neste ano.

É verdade que grande parte desses números mais fortes decorreu de dois dias úteis a mais em outubro em relação ao ano passado e pela forte recuperação em autos. Por isso, os dados de novembro já devem voltar a arrefecer.

Esse comportamento errático da atividade tem dado o tom ao longo do ano, especialmente ao longo do segundo semestre, com o suspense contínuo que o governo colocou sobre a durabilidade da redução do IPI.

Isso fez com que tanto os dados de produção quanto os de varejo tivessem uma variação a cada mês maior do que o usual dos meses anteriores, algo que poderemos ver novamente nos dados de novembro e dezembro.

No geral, entretanto, a tendência é de leve recuperação e podemos dizer que o PIB do quarto trimestre deve apontar um crescimento de 0,9% na margem, o que daria o 1% que esperamos para 2012.

Para 2013, a expectativa é de 3%, o que permitiria ao BC ficar menos ansioso na sua vontade de baixar a taxa de juros, ainda mais que os dados de inflação sinalizam pressão contínua ao longo de todo o ano que vem.

Essa recuperação deve vir essencialmente do consumo das famílias, pelo lado da demanda, e da agricultura e dos serviços pelo lado da oferta.

A renda agrícola, especialmente no ano que vem, deverá ser recorde como resultado da seca americana deste ano e será uma dos responsáveis pelo crescimento maior.

O que não se recuperou nada até agora e não parece que vai se recuperar muito são os investimentos.

A leve melhora em outubro, com queda de "apenas" 1,5% em relação a outubro do ano passado em nosso cálculo de investimento, ainda é pouco para indicar crescimento maior no curto prazo.

A sensação é de que as empresas esperarão os resultados dos planos de concessão para de fato saber se a infraestrutura vai melhorar e se o crescimento vai ser maior do que a média de menos de 2% em 2011 e 2012.


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