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Análise

Queda das transações em SP reflete o exagero no preço cobrado por imóvel

SAMY DANA ESPECIAL PARA A FOLHA

As recentes crises imobiliárias ao redor do mundo têm provocado receio em grande parte dos investidores.

As "bolhas imobiliárias", responsáveis pela preocupação, estão relacionadas ao colapso da demanda especulativa. No caso brasileiro, agentes que adquiriram imóveis para venda futura -especuladores- começam a notar o exagero nos preços.

A patamares elevados, poucos conseguem vender. No entanto, nenhum especulador aceita o baixo preço de mercado. Ofertam imóveis acima do que pagaram mesmo não tendo compradores, provocando queda no número de unidades vendidas.

Além disso, grande parte dos investidores e construtoras sabe que quedas no preço podem gerar pânico suficiente para que se inicie uma catástrofe de vendas resultante em cotações ainda menores.

Para contornar essa situação, as imobiliárias, que precisam gerar caixa, criam meios alternativos de atrair compradores sem reduzir o preço anunciado, como o oferecimento de descontos e promoções milagrosas.

Mas essas técnicas de marketing não conseguem manter a demanda aquecida por muito tempo e não tarda para que o volume de transações comece a cair, dando os primeiros anúncios de colapso especulativo.

Dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo indicam forte redução desse volume. O relatório mais recente, de setembro, aponta recuo de 32,27%.

Apesar disso, houve aumento de preços, o que confirma a vontade de especuladores e imobiliárias de manter os preços anunciados sempre em alta a despeito da queda da demanda.

Sabe-se que a desaceleração ainda não é acentuada, mas os primeiros indícios já estão se fixando. Resta aguardar que os preços retornem a um nível mais negociável e coerente, compatível com o novo cenário da demanda.


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