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Atividade se recupera em outubro, mas retomada no 4º tri é dúvida

Puxado por venda de veículos e indústria, indicador do BC voltou a registrar resultado positivo

Dados já divulgados de novembro sugerem nova queda; investimentos ainda são incerteza

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

A atividade econômica voltou a acelerar em outubro, na esteira de vendas de automóveis mais elevadas e da recuperação da produção industrial no mês.

O IBC-BR, estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) calculada pelo Banco Central, apontou crescimento de 0,36% ante setembro.

Ainda assim, um quarto trimestre melhor do que foi o decepcionante terceiro (quando a economia cresceu apenas 0,6%) é dúvida entre analistas.

"Indicadores preliminares apontam para ligeira queda da atividade econômica em novembro", afirma em relatório o economista Aurélio Bicalho, do Itaú Unibanco.

Mais uma vez consumidores parecem ter antecipado compras de veículos em outubro, temendo o fim do desconto do IPI, e o mercado viveu uma ressaca em novembro, com queda de 5,3% na produção e 8,7% nas vendas.

Outro indicador negativo de novembro já conhecido é a confiança do empresário da indústria, que segundo a FGV recuou 0,8%.

O fiel da balança será a atividade em dezembro e a volta dos investimentos, o que ainda é considerado incerto.

Para o economista Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências, o investimento só voltará a crescer em 2013. Ele prevê um quarto trimestre pior do que o terceiro, com crescimento de 0,4%.

"O impacto dos incentivos sobre a produção de bens duráveis [como automóveis e eletrodomésticos] foi mais forte no terceiro trimestre. Deve haver alguma melhora no quarto trimestre, mas não vai superar o desempenho do período anterior", diz.

Com isso, o economista estima crescimento de 0,8% neste ano, ainda abaixo da projeção majoritária do mercado -1,03%, segundo a pesquisa Focus, do BC.

INDICADOR ERROU

Na ponta oposta está Marianna Costa, da Link Corretora. Ela prevê um quarto trimestre mais forte (1,2%), com pequena recuperação dos investimentos. Mas afirma que isso não tem a ver com o resultado do IBC-BR de ontem.

No mês passado, o índice do BC indicou crescimento de 1,15% no terceiro trimestre, quase o dobro do resultado divulgado pelo IBGE. A diferença foi o desempenho dos serviços, aquém do esperado.

A discrepância, diz Costa, pode gerar certo ceticismo de analistas para fazer revisões para cima. "A avaliação é que a economia está se recuperando mais lentamente", diz.


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