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FOLHAINVEST

Planejamento evita dívidas no Natal

Ceia e presentes devem ser do tamanho do bolso do consumidor; pagar à vista e com desconto ainda é melhor

Orçamento, lista de compras e amigo secreto estão entre os aliados para não ter problemas financeiros

MARIA PAULA AUTRAN DE SÃO PAULO

Natal é tempo de festa e de fartura, mas é preciso lembrar que o planejamento financeiro é fundamental nessa época para evitar desperdícios e manter a conta bancária saudável.

Para planejar as finanças para a festa, o primeiro passo é saber o tamanho do seu bolso e definir um orçamento que caiba nele, dividindo-o entre os gastos com presentes, comidas, bebidas e decoração da casa.

O educador financeiro Mauro Calil faz uma analogia de um Natal financeiramente viável com o tamanho da árvore de Natal da casa.

"Um casal que está começando a vida não precisa ter uma árvore que vai até o teto. Pode começar com uma pequena e, à medida que o relacionamento evolui, a família cresce, a árvore vai crescendo. Isso mostra uma evolução do casamento, do relacionamento, da vida."

Para os preparativos da ceia, a principal dica é pensar em quais pratos serão servidos e sair com a lista de compras especificando os ingredientes para cada um.

Além disso, pode-se usar alguns truques como uma farofa com mais farinha e menos frutas secas e vinhos argentinos ou chilenos de qualidade boa e mais em conta.

"Um arroz sempre sai barato e pode ter algumas frutas da estação, que dão um colorido e são baratas. Algumas comidas são típicas de Natal, mas o importante é a apresentação. Por exemplo, uma bandeja de frutas no centro da mesa fica bonito."

Outra opção é partilhar os preparativos da ceia entre os familiares, pedindo que cada um leve um prato.

PRESENTES

Mas, depois de cear, sempre chega a hora da troca dos presentes. A opção mais econômica, principalmente para famílias numerosas, é o amigo secreto, que evita muitos gastos e ainda possibilita a interação entre as pessoas.

Se essa não for a escolha da família, após definir o orçamento dos presentes, é importante escolher quem receberá presentes -que tipo de lembrança para cada pessoa- e quem receberá só uma manifestação, como uma ligação ou um cartão de Natal.

"Você pode dar alguma coisa cara que a pessoa precisa, como um terno para o filho que conseguiu o primeiro estágio. Mas, às vezes, um livro de R$ 20 ou R$ 30, com uma dedicatória, é tudo que a pessoa gostaria de receber e você consegue tirar lágrimas dela", afirma Calil.

Nessa época, as ofertas de parcelamento são muitas, mas a orientação do planejador financeiro Alexandre Canalini é a mesma: sempre que possível compre à vista e com desconto. Se for pagar parcelado, tenha certeza de que aquela parcela cabe no seu orçamento, que já pode estar comprometido com dívidas assumidas anteriormente.

Os educadores alertam que algumas compras acarretam gastos indiretos, como um carro -que vai precisar de gasolina, vaga no estacionamento e outras despesas.

Além disso, na época de Natal, os preços aumentam ou se mantêm altos, afinal, a procura é maior, alerta o também educador financeiro Reinaldo Domingos.

"Ganhar um presente e saber que minha família está endividada não é legal. O presente não precisa ser caro e, se a família combinar, ele pode ser deixado para o final do mês de janeiro", diz.

"Você pode comprar dois, três ou até comprar a mesma coisa que você ia comprar hoje e poupar para outras finalidades. Agora, a família precisa estar imbuída dessa proposta", afirma Domingos.


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