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MERCADO MPME

Com baixo custo, microfranquia atrai investimento de iniciantes

Modalidade dispensa ponto de venda fixo e encoraja quem quer abrir o primeiro negócio

No Brasil desde 2010, esse tipo de empresa já representa 13,5% das unidades de franquias existentes no país

Alessandro Shinoda/Folhapress
Guilherme Sampaio, que abriu franquia de manutenção de computadores com R$ 7.500
Guilherme Sampaio, que abriu franquia de manutenção de computadores com R$ 7.500
FILIPE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Guilherme Sampaio, 24, trabalhava na área de TI (Tecnologia da Informação) enquanto pensava em abrir seu próprio negócio. Imaginava, entretanto, que esse fosse um objetivo difícil de alcançar.

A ideia se concretizou quando um amigo disse que o sonho exigiria um investimento menor do que ele pensava. A franquia de uma empresa de manutenção de computadores -a Sr. Computador-, com custo de R$ 7.500, atraiu Sampaio.

Nem foi preciso buscar espaço para instalar a unidade. O quarto de visitas de sua casa virou o escritório, onde hoje trabalha com um técnico e um funcionário da área comercial da empresa.

Sampaio diz que já percebia que o mercado era carente de profissionais da área de tecnologia e, por isso, não teve dúvida ao se franquear.

Hoje, ele comemora o seu negócio. "Quando se tem uma franquia, você está no nível de empresa, não é mais tratado como 'micreiro'", diz.

Após três meses na franquia, Sampaio diz que já não precisa mais colocar dinheiro no negócio. A expectativa é ter um retorno do capital investido em 12 meses.

SUPORTE

A microfranquia, modalidade de baixo investimento que possibilita ao franqueado atuar sem um ponto de venda fixo, atrai empreendedores iniciantes, que precisam de um suporte na hora de abrir o primeiro negócio.

Para Artur Hipólito, diretor de Microfranquias da ABF (Associação Brasileira de Franchising), a modalidade, que chegou ao Brasil em 2010, já conta com 336 redes e 12.500 unidades, gerando cerca de R$ 3,8 bilhões por ano. O número de unidades representa 13,5% do total de franquias no Brasil.

Ele afirma que, em geral, o próprio franqueado é quem está à frente do negócio: se não presta o serviço propriamente dito, pelo menos atua na administração diária.

Wlamir Bello, consultor em marketing do Sebrae-SP, aponta como vantagem do modelo a possibilidade de atuar em um negócio já formatado, com fornecedores e marca bem definidos.

ESCOLHA

Para abrir a microfranquia, é importante seguir os mesmos passos indicados a quem quer começar qualquer tipo de empresa, diz Bello.

A receita inclui a realização de um plano de negócios e um estudo de mercado anterior ao início das atividades.

Bello também destaca que o empreendedor deve ler com atenção a circular de oferta da franquia. Nela, é possível ter acesso ao telefone de outros franqueados para obter mais informações antes de tomar uma decisão.

O ideal, afirma o especialista, é que a franquia tenha ao menos cinco anos no mercado, indício de que é sustentável. "O recomendável é não olhar a moda. Agora há muitas franquias de estética, mas é preciso ver se vão durar."

Wagner Lodos, 53, foi exceção a essa regra. Ao precisar de um cuidador para o sogro, percebeu uma carência do mercado. Daí surgiu a ideia de atuar nesse nicho, uma área que o empresário, que havia trabalhado com construção civil no passado, ainda não conhecia de perto.

"Conheci a franquia e fui me informar na ABF. Não tinha concorrência na área nem a quem consultar. Como sou vendedor, arrisquei."

Lodos afirma que os primeiros meses como franqueado da Home Angels não foram fáceis. "Trabalhava de casa. Demoramos mais de seis meses para fechar o primeiro contrato."

Agora, depois de duas mudanças de escritório, já tem o auxílio de uma secretária e uma enfermeira e conta com 40 cuidadores.


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