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Novos negócios prosperam e desafiam crise em Portugal

País abriga diversas incubadoras próximas a universidades

DE REUTERS

Poucas coisas definem melhor Portugal do que suas padarias, onde pessoas de diferentes classes se misturam para tomar um café com bolinhos. Por isso, é motivo de esperança quando uma nova rede emerge das profundezas de uma crise econômica.

"Somos a prova de que, trabalhando de forma enxuta e gerenciando o negócio de forma responsável, é possível crescer de maneira saudável, mesmo na atual circunstância", diz Nuno Carvalho, presidente da charmosa rede A Padaria Portuguesa. "A crise também apresenta oportunidades, como aluguéis mais baratos e disponibilidade de mão de obra qualificada."

Aberta no final de 2010 com capital familiar, a rede já tem 12 lojas e planeja investir mais € 2 milhões de seu próprio fluxo de caixa em sete novas lojas na Grande Lisboa. Carvalho também pensa em levar a rede para o exterior.

A Padaria Portuguesa é apenas um exemplo de como um negócio bem concebido é capaz de desafiar um cenário de falta de crédito e alta de impostos, na maior crise do país desde os anos 1970.

Ainda que não sejam numerosos, novos negócios estão surgindo em setores que vão desde o agronegócio até a biomedicina e a tecnologia.

A crise massacrou a economia, mas também tem ajudado a promover mudanças, forçando empreendedores a desenvolver planos de negócios mais inteligentes e atraentes para os poucos -porém valiosos- investidores.

CRÍTICAS

Devagar, essas ideias desafiam a forma tradicional de fazer negócios em Portugal, muitas vezes criticada pela falta de visão e pela pouca ambição dos empresários.

"Ainda tem muito negócio sendo criado que não é sustentável o suficiente e cujo dono não pensa grande", diz Paulo Andrez, presidente da associação europeia de investidores-anjo e fundos de capital semente. Em Portugal, o capital disponível para esse tipo de investimento é de € 350 milhões.

Dados da Eurostat mostram que, até 2009, Portugal tinha a terceira maior taxa de criação de novas empresas na Europa Ocidental, atrás apenas da França e da Holanda. A taxa de sobrevivência desses negócios, porém, era a menor da região.

Incubadoras de startups, financiadas por prefeituras e dirigidas a empresas de tecnologia, têm brotado na capital e em centros universitários de todo o país.

"Não somos um polo de startups como Londres e Berlim, mas, quando os investidores de fora nos visitam, eles sempre escolhem alguém para investir", diz João Vasconcelos, presidente da Startup Lisboa, incubadora que abriga 40 novos negócios. Tradicionalmente, os investidores-anjo escolhem não mais do que cinco negócios de cada cem propostas recebidas.


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