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Caixa volta a suspender crédito para MRV

Corte ocorre porque empresa entra na lista das que contratam em condição análoga à escravidão

CAROLINA MATOS DE SÃO PAULO

Pela segunda vez em seis meses, a construtora MRV tem suspensos financiamentos concedidos pela Caixa por entrar na lista do Ministério do Trabalho de empregadores que contratam em condições análogas à escravidão.

O principal foco da MRV são os imóveis de perfil econômico, cobertos pelo programa habitacional do governo Minha Casa, Minha Vida.

De acordo com a Caixa, não serão avaliados novos empreendimentos da construtora até que a companhia saia do cadastro do ministério. Os contratos já em vigor continuam valendo.

É possível ainda que o Banco do Brasil, também público, suspenda os financiamentos, embora não forneça detalhes sobre o assunto.

"O banco também é signatário do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil. No entanto, as relações comerciais do BB com seus clientes são protegidas pelo sigilo bancário e comercial", afirmou a instituição em nota.

A MRV já havia entrado na lista do trabalho escravo, atualizada a cada fim de semestre, em julho de 2012.

Segundo informações da Caixa, o nome da empresa foi retirado por força de uma decisão judicial, e o financiamento do banco, restabelecido automaticamente.

Sem interferência da Justiça, a saída do cadastro pode demorar até dois anos.

A portaria interministerial nº 2 de maio de 2011, que trata do tema, prevê monitoramento do infrator e pagamento de multas.

Diante das notícias, a ação mais negociada da MRV teve a maior desvalorização dentre as que compõem o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, no primeiro dia de negócios de 2013: 2,8%. O Ibovespa subiu 2,6%.

Analistas dizem acreditar que a queda dos preços seja pontual, mas destacam que, como a empresa é reincidente, vai precisar ser objetiva quanto às medidas que vai tomar para sair da lista do Ministério do Trabalho e não voltar mais.

"As perspectivas para a companhia são positivas, diante do aumento da renda das classes C e D, que adquirem imóveis do Minha Casa, Minha Vida", diz Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos. "Mas o mercado vai esperar informações concretas sobre os mecanismos que a MRV adotará para evitar novos problemas."


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