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Venda de veículos bate recorde e cresce 4,7% em 2012
Com impulso da redução do IPI, setor emplaca 3,802 milhões de veículos, incluindo ônibus e caminhões
Com o impulso da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), as vendas de veículos bateram recorde em 2012.
A Folha apurou que foram emplacados 3,802 milhões de veículos automotivos, número que inclui as vendas de ônibus e caminhões.
O resultado representa uma alta de 4,65% ante o ano anterior, quando foram emplacados 3,633 milhões de veículos. Os números serão divulgados oficialmente hoje pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
"Foi um belíssimo resultado, que reflete as promoções contínuas das fábricas, alavancadas pela redução do IPI -um chamariz muito importante para as vendas", diz o consultor André Beer.
Excluindo ônibus e caminhões, as vendas de automóveis e comerciais leves encerraram o ano com alta de 6,1% e atingiram a marca de 3,634 milhões de unidades.
A Fiat manteve a liderança em vendas, pelo décimo primeiro ano consecutivo.
A nova prorrogação do IPI, com a previsão de retirada gradual do benefício até junho, deverá permitir que o setor cumpra a previsão de crescimento de 4% para 2013, afirma Beer.
"Os preços nos primeiros meses do ano não devem ficar muito diferentes do que estão. Acredito que vá haver promoções para compensar a volta gradual do IPI", diz Beer. "Mas, se as vendas empacarem, o governo sempre pode alterar as alíquotas."
Introduzido em maio do ano passado como forma de estimular a economia e proteger a indústria nacional da concorrência com os importados, o benefício tributário para veículos foi prorrogado duas vezes: em outubro e em dezembro.
"Mas o crescimento em 2013 vai depender também do trabalho que as empresas farão para estimular a demanda, tanto por meio de promoções como pela qualidade dos lançamentos de produtos", afirma o consultor.
PRODUÇÃO
A queda nas exportações e níveis elevados de estoque em 2011 devem fazer com que a produção de veículos registre a primeira queda em dez anos.
A projeção da Anfavea, a associação das montadoras, divulgada há um mês, é de uma retração de 1,5%.
Os dados da Anfavea devem ser divulgados na semana que vem.
