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Toyota dá primeiros sinais de 'renascimento'

Yoshikazu Tsuno - 25.dez.12/AFP
Akio Toyoda, presidente da Toyota, apresenta, em Tóquio, a nova versão do sedã Crown
Akio Toyoda, presidente da Toyota, apresenta, em Tóquio, a nova versão do sedã Crown
DO “NEW YORK TIMES”

O Crown cor-de-rosa que ocupava posição central em um evento da Toyota em Tóquio no fim do mês passado tinha o objetivo de causar choque -e foi o que fez.

Carro preferido dos conservadores executivos japoneses, o sedã foi remodelado de maneira audaciosa.

"Minha reação inicial foi pensar que eles estavam brincando: cor-de-rosa? Não, por favor", disse Akio Toyoda, presidente-executivo da Toyota. "Mas renascer significa encarar novos desafios."

A empresa passou 2012 tentando deixar para trás um quadriênio tumultuado no qual teve prejuízo recorde, viu-se envolvida em um escândalo de recall, enfrentou problemas com uma cadeia de suprimentos dizimada pelo tsunami de 2011 e sofreu os efeitos do iene forte.

Uma a uma, as peças começam a se encaixar.

Em 2012, a Toyota superou a GM e a Volkswagen e retomou o título de maior montadora global, com venda recorde de automóveis.

Agora a empresa está à beira de uma recuperação, dizem analistas, que a colocaria no caminho do crescimento prometido antes das crises.

"A Toyota está agora -pela primeira vez em anos- na posição de superar as expectativas do mercado, enquanto suas rivais decepcionam", afirmou Clive Wiggins, analista automobilístico do banco Macquarie em Tóquio.

Há duas semanas, ela fechou acordo de US$ 1 bilhão para encerrar um processo coletivo sobre a alegação de que defeitos nos sistemas eletrônicos faziam com que seus carros acelerassem subitamente -uma das maiores quantias já pagas em um processo no setor automotivo.

Há outros sinais de mudança. A cadeia de suprimento se recuperou mais rápido do que o esperado, os lucros estão em alta e o iene começou a cair após Shinzo Abe, novo premiê do Japão, prometer esforços para promover a desvalorização da moeda.

A empresa também está apostando em uma versão reformulada do sedã Avalon, que é o primeiro protótipo da Toyota a não ser desenvolvido no Japão, mas nos EUA.

Ao transferir parcela maior de sua produção ao exterior, a Toyota também está resolvendo uma fraqueza em sua estrutura de produção: o fato de montar a maior parte de seus carros no Japão, um mercado de custo alto.

A capacidade de produção no exterior foi expandida em 1 milhão de veículos ao ano, com a abertura de novas fábricas ou a expansão de unidades nos EUA, na China, na Tailândia, na Indonésia, na Índia e no Brasil.


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