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Minas: Caixa-d'água do Brasil

Baixos níveis de chuvas tornam o Estado natal da presidente Dilma foco de atenções diante do risco de racionamento de energia

Ueslei Marcelino/Reuters
Nível baixo do reservatório da hidrelétrica de Itumbiara, na divisa entre Goiás e Minas
Nível baixo do reservatório da hidrelétrica de Itumbiara, na divisa entre Goiás e Minas
LUIZA BANDEIRA DE BELO HORIZONTE

Estado que abriga nascentes de rios que concentram grande parte da capacidade geradora de energia do país, Minas Gerais se tornou foco das atenções diante do risco de racionamento devido aos baixos níveis nos reservatórios de usinas hidrelétricas.

Um especialista brinca que "até ateu tem que rezar para chover em Minas". Outro diz que "é o caso de construir uma catedral mineira para são Pedro para ver se chove".

Por enquanto, institutos de meteorologia divergem sobre a previsão para os próximos meses em Minas Gerais. O Climatempo prevê chuvas abaixo da média para regiões de nascentes até março; e o Inmet espera chuvas dentro da média. A Cemig indica chuvas acima da média.

O Estado natal da presidente Dilma Rousseff é considerado estratégico para o setor porque ali ficam as nascentes do rio São Francisco e dos rios que formam o Paraná (que vai à usina de Itaipu), o Grande e o Paranaíba.

As usinas hidrelétricas instaladas no São Francisco e no Paraná concentram quase um terço da capacidade de gerar energia do país.

"É como uma escada em que Minas é o último degrau. A chuva que cai lá em cima desce e passa por todos os outros degraus, que são os outros Estados", diz Nivalde de Castro, do grupo de estudos do setor elétrico da UFRJ.

"O risco de racionamento ainda é baixo, mas não pode ser desprezado, sobretudo se confirmada a ausência de chuvas em Minas e em seu entorno, São Paulo e Goiás", afirma Ildo Sauer, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP.

Segundo a Aneel, 66% da capacidade de produção de energia no país vêm de hidrelétricas. Desse total, 21% estão em Minas Gerais -é o segundo Estado que mais pode produzir energia, atrás só de São Paulo, com 22%.

Além disso, alguns dos reservatórios essenciais para o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil ficam em solo mineiro -alguns "divididos" com São Paulo e Goiás. Com chuvas abaixo da média em dezembro no Estado, dois desses reservatórios estão com níveis menores do que em 2001: Furnas tem 12,15% de sua capacidade, e Itumbiara, 8,75%.


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