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UE sinaliza que pode ser mais dura com Google
Empresa usaria buscas para se autopromover
A União Europeia deu mostras de que não será tão benevolente com o Google como foram os EUA ao encerrar no início do mês a investigação sobre suposta prática anticoncorrencial da empresa.
A expectativa é que a Europa conclua a apuração neste mês. O motivo é o mesmo: averiguar se o Google usa a sua dominância de mercado para promover os seus serviços -como Google Shopping.
"Eles estão monetizando esse tipo de negócio, a forte posição que eles têm na busca em geral, e isso não é só uma posição dominante. Eu creio -eu temo- que há aí um abuso de posição dominante", disse Joaquín Almunia, vice-presidente da Comissão Europeia e quem conduz as investigações antitruste no bloco.
O órgão regulador americano encerrou sua investigação sem concluir que a conduta do Google é anticompetitiva, apesar de afirmar que havia indícios nesse sentido.
A entidade constatou que a empresa não manipulava seu algoritmo, a ferramenta de busca, para privilegiar seus serviços. Almunia disse que a preocupação é "como o Google apresenta seus próprios serviços" e que não "está discutindo algoritmos".