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Apetite por papéis encolhe desde 2011

DE SÃO PAULO

Investidores estrangeiros têm retirado recursos de fundos focados em Brasil, negociados nos EUA.

O maior apetite pelo país desde a segunda metade da década passada motivou instituições financeiras a lançarem "Brazil funds" entre 2009 e 2010.

O objetivo da estratégia foi aumentar a possibilidade de exposição do investidor estrangeiro ao mercado de ações brasileiro.

Desde 2011, o patrimônio líquido de alguns desses fundos tem sofrido queda, segundo dados levantados pela Folha na SEC (equivalente nos Estados Unidos à CVM).

Segundo gestores, o recuo é explicado pelo desempenho ruim do mercado acionário e por saques.

O patrimônio líquido (PL) do Dreyfus Brazil Equity Fund recuou 37% entre maio de 2011 e o início de janeiro deste ano, passando de US$ 52,7 milhões para cerca de US$ 33 milhões. A queda supera o recuo de 23,4% do índice de ações MSCI Brazil, que é a referência de muitos fundos de fora que seguem o mercado brasileiro.

Segundo a assessoria da Dreyfus, a América Latina teve "saídas de recursos significativas no período".

Como o Brasil tem um peso grande nos fluxos para a região, o fundo sofreu os efeitos dessa tendência, segundo a Dreyfus.

O Brasil representa 42% do PIB da América Latina e do Caribe. Mas seu peso nos fluxos financeiros para a região é maior porque poucos países latino-americanos têm mercados financeiros desenvolvidos.

O fundo Brazil Sector Leader Fund, da Mirae Asset Management, também teve queda em seu patrimônio líquido, de US$ 10 milhões para US$ 6,8 milhões, entre julho de 2011 e junho de 2012 (último dado disponível na SEC).

Segundo a Mirae, o recuo foi resultado do desempenho negativo do mercado acionário e do menor apetite do investidor americano pelo Brasil.

O patrimônio líquido do WisdomTree Brazilian Real Fund caiu de US$ 177 milhões em maio de 2011 para US$ 71 milhões em maio de 2012. Procurada, a WisdomTree não respondeu ao pedido de entrevista.

O menor interesse em Brasil fez o investimento estrangeiro em carteira (que inclui títulos de renda fixa e ações) cair 25% de janeiro a novembro de 2012 ante o mesmo período de 2011 para US$ 14,7 bilhões, segundo o Banco Central.

Já o investimento estrangeiro direto (direcionado ao setor produtivo) somou US$ 60 bilhões, similar a 2011, que foi recorde.

Apesar do desempenho fraco da economia, houve interesse por setores que vão bem, como o de consumo.


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