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Análise

"Intervenção" da agência nas operadoras só teve efeito moral

JULIO WIZIACK DE SÃO PAULO

As adições líquidas das operadoras desde junho passado mostram que a "intervenção" da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) -que proibiu a venda de chips da TIM, Claro e Oi até que a qualidade do serviço se restabelecesse- teve mais efeito moral do que prático.

As perdas efetivas só ocorreram nos dias da suspensão e foram inferiores a 350 mil chips entre junho e julho, quantidade que migrou para a Vivo, única companhia que ficou imune à suspensão.

Entre julho e dezembro, as teles simplesmente deixaram de ganhar. Cresceram, mas em um ritmo inferior ao primeiro semestre. Motivo: a saturação do mercado (há muitas praças com mais telefones do que clientes).

É preciso levar em conta ainda a "limpeza" que as operadoras já vinham fazendo mês a mês em suas bases de clientes, cortando os chips que ficavam inativos por mais de dois meses (sem recarga, por exemplo).

Mesmo com problemas de qualidade -os números de reclamações nos Procons do país não param de crescer-, as pessoas continuam comprando chips porque precisam falar. A telefonia virou artigo de primeira necessidade e, na busca pelo plano ideal, o consumidor fecha com o mais barato. Só depois a qualidade entra em foco.

O governo pressionou as operadoras para que invistam em qualidade, mas o remédio -a suspensão- não foi eficaz. Mostrou somente que as operadoras são resistentes ao "bullying" e que, sem medidas efetivas, não haverá o salto de qualidade que a presidente Dilma Rousseff e os consumidores tanto desejam.


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