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Análise investimento estrangeiro

País não está imune ao cenário externo e investimento deve cair

O ingresso de investimento estrangeiro direto no Brasil não está isolado do contexto adverso dos fluxos globais

Setores com maior renda real dos consumidores devem ser os principais candidatos a fusões e aquisições

LUÍS AFONSO LIMA ESPECIAL PARA A FOLHA

É fato que a economia brasileira vem se tornando relevante polo de atração de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED).

Como se sabe, o país saltou da 14ª posição entre os principais destinos de IDE no mundo durante o ano de 2009 para a quinta posição no último dado disponível.

Os ingressos de Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil mais uma vez superarão a marca de US$ 60 bilhões no ano de 2012, assim como ocorreu em 2011.

E, a depender da intenção dos investidores estrangeiros, esse cenário favorável à realização de IED no Brasil deve ter continuidade.

Segundo pesquisa da Unctad (braço da ONU para o comércio e o desenvolvimento), com executivos de empresas multinacionais, o Brasil encontra-se na quinta posição no ranking dos países mais citados para a realização de projetos de IED até 2014, atrás apenas de China, Estados Unidos, Índia e Indonésia.

Ingressos de IED podem propiciar pelo menos três tipos de benefício para o país.

Em primeiro lugar, ingressos de Investimentos Estrangeiros Diretos podem financiar o deficit em transações correntes. Diga-se, de passagem, que isso ocorre desde o ano de 2002.

Em segundo lugar, ingressos de IDE podem favorecer a contenção de preços por meio da expansão da capacidade produtiva.

Vale colocar que a atual proporção entre formação bruta de capital fixo e o PIB é de 16%, a mais elevada desde o ano de 2004.

Por fim, ingressos de IED podem propiciar aumentos de competitividade.

Isso ocorre à medida que favorecem a geração de habilidades gerenciais, o acesso a novas tecnologias, o desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços, além de um ambiente propício à inovação e à competitividade da economia.

É verdade que teremos boas notícias no front dos ingressos de IED em 2013.

Setores beneficiados pelo aumento da renda real dos consumidores brasileiros, como os de serviços, deverão ser os principais candidatos a fusões e aquisições.

Entre as origens dos recursos, os Estados Unidos deverão seguir em posição de destaque.

Estariam então os ingressos de IED no Brasil isolados desse contexto adverso dos fluxos globais?

A resposta para essa pergunta é não. Há uma evidente tendência de redução dos anúncios de IED no Brasil, assim como no resto do mundo.

Isso indica que os ingressos de IED na economia brasileira neste ano não devem ultrapassar os ingressos observados no ano de 2012.

Em suma, a economia brasileira segue e seguirá atrativa para investimentos de empresas transnacionais.

Assim como aprendemos em anos anteriores, entretanto, ingressos de IED no Brasil não estão isolados do contexto adverso dos fluxos globais de Investimentos Estrangeiros Diretos.

LUÍS AFONSO LIMA é diretor-presidente da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e Globalização Econômica).


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