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Análise

Com pouca competição, telefonia móvel gera serviço de baixíssima qualidade

SAMY DANA ESPECIAL PARA A FOLHA

O avanço tecnológico, o incentivo ao consumo em massa e a capacidade do brasileiro de se comunicar contribuem para a expansão do mercado de telefonia.

Em outubro de 2010, a quantidade de celulares no país ultrapassou o número de habitantes, com pouco mais de 194,4 milhões de contas. Ao fim do ano passado, eram quase 262 milhões de linhas ativas, segundo a Anatel.

O crescimento impressiona, mas não chega a ser tão assustador quanto a qualidade dos serviços. O setor não consegue acompanhar a demanda, gerando serviços de baixíssima qualidade e um extraordinário aumento no número de reclamações.

Grande parte do problema está relacionada à baixa competição. A disputa não apresenta nenhuma empresa de destaque e comprometimento que impulsione as rivais. E o consumidor fica restrito às opções internas, já que não pode contratar nenhum serviço mais vantajoso de fora.

Nos EUA, um plano mensal como o "Fale Ilimitado" custa US$ 70 (R$ 143) para qualquer operadora, enquanto aqui pagam-se mais de R$ 500 por plano semelhante e com qualidade inferior.

Dessa forma, o usuário insatisfeito opta por não alterar sua triste condição para não precisar repetir a um exército de atendentes que não deseja mais seu plano e por saber que o serviço que encontrará em outras companhias não será muito melhor.

E recorrer à Anatel também não é fácil. O contato por telefone é tão penoso que ao cliente só resta enviar reclamações por e-mail, carta, telepatia ou reza brava para obter algum retorno.

Enquanto o esforço do governo não se voltar ao consumidor e multas severas não forem aplicadas, namorados, amigos, pais e filhos ficarão à mercê de empresas muito mais preocupadas em aumentar as vendas do que em manter seus clientes satisfeitos no longo prazo.


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