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Bancos privados indicam que vão acelerar crédito
Instituições vem sendo pressionadas pelo governo para expandir o financiamento
Animados com sinais recentes de queda da inadimplência e com maior demanda para projetos de infraestrutura, os bancos privados, abertamente ou de forma reservada, iniciaram 2013 mais dispostos a emprestar.
Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil, cujas carteiras de financiamento cresceram numa velocidade anual ao redor de 10%, mostram apetite para mais neste ano.
"Não vamos voltar ao patamar de 25% a 30% de crescimento anual, porque o crédito já atingiu uma maturidade, mas é razoável supor uma expansão da ordem de 15% este ano", disse o executivo de um banco que pediu para não ter seu nome revelado.
Em encontros com investidores, executivos desses bancos têm revelado esperar avanço de cerca de 15% nas suas carteiras, em linha com o ritmo dos bancos públicos.
"O cenário de inadimplência está melhorando", disse recentemente o diretor-executivo do Bradesco Octávio de Lazari Júnior.
No Itaú, o movimento vem após o banco ter passado por um freio de arrumação em 2012 na carteira de veículos.
Nesta semana, o presidente mundial do Santander, Emilio Botín, manifestou que espera aumento de cerca de 15% no crédito do banco.
O movimento pode atenuar a pressão do governo, que há quase um ano vem apertando os bancos a ampliar a oferta de crédito para acelerar a economia, mas a cobrança só foi respondida pelas instituições financeiras estatais.
