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Criação de empregos formais desacelera e é a menor em 3 anos
País gera 1,3 milhão de postos de trabalho em 2012, metade dos quais em serviços
O país criou 1,3 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 2012, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho.
Trata-se do menor saldo de geração de emprego desde 2009, ano de recuperação da crise financeira mundial.
A comparação considera números da série histórica com ajustes até o mês de novembro. Os ajustes são feitos para contemplar as declarações enviadas ao governo fora do prazo.
Em 2011, as empresas brasileiras haviam gerado 1,9 milhão de empregos, 33% a mais do que em 2012. Em dezembro, mês em que tradicionalmente as demissões superam as contratações, houve redução de 496.944 vagas de trabalho, segundo pior resultado para o mês desde que os dados começaram a ser compilados, em 1992.
O ritmo mais baixo de criação de empregos ao longo do ano passado é consequência direta da desaceleração da economia do país.
A expectativa do mercado é que o PIB brasileiro cresça só 1% em 2012, segundo o relatório Focus, do Banco Central, que reúne projeções de analistas. O dado oficial do ano será divulgado pelo IBGE em março. Em 2011, a economia brasileira avançou 2,7%.
SETORES
O setor de serviços liderou a criação de vagas em 2012, contribuindo com quase a metade do saldo total, com 666 mil novos postos. Ele foi seguido pelo comércio, com 372 mil novos empregos, e a construção civil, com 149 mil.
O ministro do Trabalho, Brizola Neto, afirmou que a expectativa é que o Brasil dê um salto na criação de empregos neste ano e gere 2 milhões de novas vagas, patamar médio verificado antes da crise mundial.
"O governo anunciou grandes projetos de infraestrutura em parceria com o poder privado. Temos convicção de que esse modelo vai permitir a retomada dos empregos."
SALÁRIO
Apesar do ritmo mais fraco de criação de empregos, os salários continuaram a crescer. Em média, o brasileiro ganhou R$ 1.011,77 em 2012, quase 5% a mais do que no ano anterior.
Os homens seguem recebendo mais. Em 2012, o salário das mulheres foi o equivalente a 85,97% do masculino, em média.