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Análise

Margem de lucro menor de bancos pode ajudar a reduzir inadimplência

SAMY DANA ESPECIAL PARA A FOLHA

Existe, na crença popular, uma imagem mística sobre os bancos comerciais e seu funcionamento interno. Para alguns, dentro dos cofres dos bancos há mais dinheiro do que na casa do Tio Patinhas, e as moedas se multiplicam em árvores que geram milhares de reais diariamente.

Infelizmente, não existe qualquer magia que faça o dinheiro brotar dentro dos bancos. Há, na realidade, uma série de técnicas que aumentam o lucro dessas instituições, sendo a concessão de crédito uma das principais.

Oferecido em pele de cordeiro, o lobo mau conhecido como crédito bancário promete recuperar a saúde financeira do indivíduo, mas está pronto para abocanhá-lo a qualquer momento com elevadas taxas de juros.

As taxas de crédito, como a de 9,38%, em média, cobrados no cartão e no cheque especial, chegam a ser 20 vezes maiores que os pobres 0,45% da poupança dos cidadãos mais precavidos.

A diferença entre a taxa cobrada pelo banco de seus tomadores de empréstimo e a taxa paga pelo banco a seus clientes poupadores é conhecida no jargão econômico como spread bancário.

Diversos fatores compõem essa ferramenta: a farta margem de lucro do banco e os custos com os quais a instituição tem de arcar, como taxas, depósito compulsório, despesas administrativas e inadimplência.

A relação entre inadimplência e spread é uma via de duas mãos: um aumento na inadimplência sugere a ampliação do spread; e uma elevação do spread põe a taxa de juros em níveis impraticáveis, gerando novamente um aumento da inadimplência.

Talvez uma redução nas margens colabore para diminuir a inadimplência.

No entanto, pelo histórico brasileiro, podemos apostar mais em um colapso financeiro do que em uma boa ação em prol dos cidadãos.


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