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Análise

Como o desemprego está baixo se a economia cresce pouco?

CAIO MACHADO ESPECIAL PARA A FOLHA

Tem intrigado analistas o aparente paradoxo da redução da taxa de desemprego brasileira num quadro de desaceleração da atividade.

Dois importantes fatores ajudam a clarear esse debate. Primeiro, enquanto o PIB da indústria de transformação recuou 2,6% em 2012 nas estimativas da LCA, o de serviços e comércio subiu 1,8%.

Essa alta ajudou a impulsionar a demanda por mão de obra em um setor trabalho-intensivo que apresenta menor dificuldade para repassar aumentos de custos.

Os números do Caged vão ao encontro desse diagnóstico: a geração de empregos foi significativamente maior nas faixas salariais de até dois salários mínimos -que concentram ocupações no comércio varejista e serviços pessoais.

Uma segunda explicação é que o ajuste da menor produção da indústria ocorreu por meio de férias coletivas e de redução de turnos. Em razão dos custos de demissão e da dificuldade em conseguir mão de obra qualificada, as empresas preferiram reter os trabalhadores.

Para 2013, a retomada do crescimento econômico pode favorecer a ocupação, mas essa deve crescer em ritmo apenas um pouco mais forte.

A retenção de trabalhadores permite que a produção seja ampliada sem acelerar as contratações num primeiro momento. Com isso, a taxa de desemprego deve fechar o ano em patamar próximo do registrado em 2012.

O mercado de trabalho aquecido, somado à escassez de mão de obra qualificada, seguirá pressionando os rendimentos. A expectativa, porém, é que a renda real do trabalho cresça em ritmo mais fraco que o observado em 2012, em razão do reajuste menor do salário mínimo e da inflação média mais alta.


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