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Emissoras de TV contestam novo leilão do 4G

Empresas de radiodifusão, que usam faixa de 700 MHz, querem detalhes de estudos

RENATA AGOSTINI ANDREZA MATAIS DE BRASÍLIA

As empresas de radiodifusão estão preocupadas com a decisão do governo de acelerar o leilão da frequência de 700 MHz, usada por emissoras de TV e que será destinada às operadoras de celular.

Em reunião de três horas ontem no Ministério das Comunicações com participação da Anatel, executivos do setor cobraram detalhes dos estudos feitos pela área técnica da agência reguladora.

Segundo o governo, eles indicam que a mudança não irá afetar a qualidade das transmissões ou limitar o crescimento da TV digital.

A íntegra do documento, contudo, não foi apresentada, o que gerou desconforto entre os executivos de radiodifusão. Uma nova reunião foi marcada para quinta.

Como revelou a Folha ontem, o governo convocou o setor para informar que irá iniciar ainda neste mês o processo que resultará na licitação da frequência de 700 MHz, com a publicação de uma portaria.

A partir do documento, a Anatel poderá abrir consulta pública sobre o tema e formular o edital da licitação, que pode chegar a R$ 40 bilhões, segundo cálculos do governo.

A faixa de 700 MHz é ocupada hoje para a transmissão de TV e corresponde aos canais 51 a 69. O governo pretende repassar o uso dessa frequência para as teles, agilizando, com isso, a implantação da internet móvel de quarta geração (4G) no país.

Para que isso ocorra, o governo terá de antecipar a mudança dos canais de TV que hoje operam nessa frequência. Eles serão digitalizados e realocados na faixa que equivale aos canais 14 a 50.

Inicialmente, a mudança ocorreria até 2016, seguindo o plano de expansão da TV digital no país.

As empresas de radiodifusão argumentam que não haverá espaço suficiente para todas as emissoras, caso a faixa de 700 MHz seja inteiramente dedicada às teles.

Dizem ainda que pode haver interferência do sinal emitido pelas operadoras de celular, prejudicando a qualidade da transmissão de TV.

A ideia do governo é compensar as emissoras de TV que terão de ser digitalizadas com parte dos valores arrecadados na licitação.

Hoje, as teles podem usar outra frequência de 4G, a de 2,5 GHz, licitada em 2012.


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