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Análise

Se os planos saírem do papel, a empresa vai mudar seu rumo

LUIZ CAETANO ESPECIAL PARA A FOLHA

A divulgação do balanço da Petrobras mostrou que aquilo que se esperava que estivesse ruim estava pior.

A queda de margem operacional foi maior do que se esperava, o endividamento cresceu muito e a geração de caixa foi ainda menor.

A empresa investiu US$ 165 bilhões nos últimos quatro anos, mas a produção de petróleo praticamente não cresceu. A dívida líquida, que era de R$ 48,8 bilhões ao final de 2008, passou a R$ 147,8 bilhões (+ 203%).

Pelo lado dos preços, o panorama não é melhor. Calculamos que os preços de venda estejam com uma defasagem para o mercado externo de 22% para o diesel e 18% na gasolina.

A Petrobras não só "deixa de ganhar" por vender mais barato no Brasil, mas tem efetivo prejuízo porque tem importado volumes crescentes para atender ao aumento da demanda.

Não é de estranhar que as ações preferenciais da Petrobras tenham caído mais de 30% desde a capitalização realizada em setembro de 2010.

O passado passou, o presente é difícil, mas, e o futuro? A resposta não é fácil, mas pode ser sintetizada na palavra "execução".

Apesar dos problemas, há diretrizes claras para mudar o rumo da empresa. No ano passado, foi anunciado um programa de redução de custos que visa cortar R$ 32 bilhões em quatro anos. Além disso, estão sendo executados vários planos para aumento de produtividade.

Porém, o ponto mais importante é aumentar a produção. Nesse quesito, a empresa vai instalar sete novas plataformas nos próximos 12 meses, aumentando a capacidade de produção em quase 800 mil barris/dia.

Planos e mais planos. Serão executados? No passado recente, a Petrobras primou por não executar. A presidente da empresa parece disposta a mudar isso.

Executando seus planos, a Petrobras vai entrar numa trajetória de lucros crescentes. Porém, existem algumas pedras no caminho. A presidente da empresa foi textual: "2013 será mais difícil que o ano passado".

Com isso, o investidor tem de saber que, antes de melhorar, a situação vai piorar um pouco mais. Então, é tudo uma questão de acreditar que a Petrobras vai enfim conseguir "executar".


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