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Produção industrial recua em nove Estados em 2012
VENCESLAU BORLINA FILHO DO RIOA redução dos investimentos e os efeitos da crise internacional derrubaram a produção industrial em 9 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2012.
O menor dinamismo na fabricação de bens de capital (caminhões, máquinas e equipamentos) e de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de celular e de ar-condicionado, micro-ondas e TVs) pressionou o resultado.
"Em 2012 houve a predominância de resultados negativos influenciados pelo aumento da inadimplência, o endividamento das famílias, os estoques maiores e a crise internacional, que reduziu o consumo", diz o pesquisador do IBGE André Macedo.
Em São Paulo, parque industrial com peso de 38% na pesquisa, a queda na produção industrial foi de 3,9%, atingindo 13 dos 20 segmentos industriais pesquisados. No Brasil, a queda foi de 2,7% -a maior desde 2009.
No Rio, o recuo de 5,6% na produção industrial representou o pior resultado dos últimos 20 anos -o peso do Estado na pesquisa nacional é de 10,8%.
Apesar desses índices, os empregos na indústria se mantiveram estáveis, resultado do alto custo de demissões e da escassez de mão de obra em alguns setores.
Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), o cenário atual preocupa porque é caracterizado pela "baixa competitividade de um bom número de setores e ramos da atividade industrial".
As outras quedas na produção industrial no país foram registradas no Paraná (-4,8%), no Rio Grande do Sul (-4,6%), no Amazonas (-7%), no Espírito Santo (-6,3%), em Santa Catarina (-2,7%), no Ceará (-1,3%) e no Pará (-1,1%).
Na contramão dessas áreas, Bahia (4,2%), Goiás (3,8%), região Nordeste (1,7%), Minas Gerais (1,4%) e Pernambuco (1,3%) registraram índices positivos no ano.
