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Rede de contatos atrai chefões de Wall Street

Banco de dados traça conexões entre os pesos-pesados das finanças globais

ANDREW ROSS SORKIN DO “NEW YORK TIMES”

É uma espécie de agenda para os poderosos com 2 milhões de executivos, líderes e negociadores. Não só seus nomes, mas, em muitos casos, os nomes de seus cônjuges, filhos e colegas, suas doações políticas, seu trabalho assistencial e mais, tudo isso na ponta dos dedos do profissional financeiro.

É o que promete uma nova companhia chamada Relationship Science, que conta com investimento de alguns pesos-pesados de Wall Street, entre os quais Henry Kravis, Ronald Perelman, Kenneth Langone, Joseph Perella, Stanley Druckenmiller e Andrew Tisch.

Já há dois anos, os 800 funcionários da Relationship Science vêm construindo o que a companhia espera que venha a ser o "Quem é Quem" definitivo dos negócios.

O sistema funciona assim: um executivo financeiro deseja fazer contato com Nenry Kravis, responsável por inúmeras fusões no setor de capital fechado, mas não o conhece pessoalmente. Ao digitar o nome de Kravis no campo de buscas da Relationship Science, o sistema vasculhará em busca de pessoas que o executivo conheça e que conheçam Kravis, incluindo conexões secundárias e terciárias. A grande inovação é que não é necessário que a pessoa assine o serviço: a Relationship Science vasculha a internet.

A companhia foi concebida por Neal Goldman, co-fundador do CapitalIQ, um banco de dados de serviços financeiros de sucesso em Wall Street, com 4.200 clientes em todo o mundo, vendido à McGraw-Hill, em 2004, por mais de US$ 200 milhões.

"Vivemos em uma economia de serviços. Construir relacionamentos é a parte mais importante de vender e crescer", diz Goldman.

O serviço cobra US$ 3.000 ao ano por usuário. A possibilidade de encontrar novos clientes significa que seu custo pode ser coberto rapidamente. Grandes companhias já assinaram o serviço, que ainda está em teste. Bancos, companhias de gestão, grupos de capital fechado e para empreendimentos solicitaram demonstrações.

O sistema ainda tem problemas: informações desatualizadas ou ausentes e falha em estabelecer conexões óbvias. Por exemplo, não aponta que Lloyd Blankfein, presidente-executivo do Goldman Sachs, certamente deve conhecer um sócio importante do banco.

O sistema omite números de telefone e endereços de e-mail. Pessoas não gostam de receber telefonemas injustificados, diz Goldman, e isso seria o oposto do propósito de seu banco de dados.


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