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Protesto de trabalhadores atrasa 70 mil toneladas em Santos

AGNALDO BRITO DE SÃO PAULO

A greve dos trabalhadores avulsos em Santos contra as mudanças propostas pelo governo para o setor de portos paralisou a operação de 17 dos 20 terminais atracados na manhã de ontem no porto.

A estimativa é que cerca de 70 mil toneladas de carga (volume de 1.900 caminhões) tenham deixado de ser carregadas ou descarregadas nas seis horas em que durou o movimento grevista. Por dia, o porto movimenta 280 mil toneladas. Nos quatro terminais de contêineres, mais 2.000 TEUs (equivalente a um contêiner de 20 pés) deixaram de ser movimentados.

A greve não ocorreu no local onde os trabalhadores avulsos são escalados, mas nos próprios navios. Todos compareceram ao Ogmo (Órgão Gestor da Mão de Obra) às 6h. A estratégia foi aceitar o serviço, mas impedir a operação dos navios. Deu certo.

O único problema ocorreu no terminal de açúcar da Rumo Logística. O operador pediu quatro estivadores, mas não autorizou a entrada do grupo no navio. Uma pequena confusão obrigou a presença da Guarda Portuária, que registrou o caso. O navio Seagull foi carregado.

"Essa foi uma greve de alerta. Se o governo não recuar na MP, o movimento será maior", diz Josimar Menezes, presidente do sindicato dos trabalhadores de bloco.

DISSÍDIO

O Sopesp (Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo) ajuizou uma ação de dissídio coletivo de greve no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) pedido à Justiça que considere a greve abusiva. O efeito da medida é restrito.

"Caso a greve seja considerada ilegal, os terminais poderão pedir o ressarcimento dos prejuízos e a autorização para a não contratação da mão de obra avulsa", diz José dos Santos Martins, diretor-executivo do sindicato.

Por lei, os terminais são obrigados a contratar trabalhadores avulsos para movimentar cargas nos navios.

Além da paralisação dos terminais, um protesto de caminhoneiros congestionou o trânsito da Piaçaguera-Guarujá. Os caminhoneiros fecharam a via entre a rodovia e o terminal de contêineres.

Eles reclamavam dos trens de carga que cruzam a entrada do terminal da Santos Brasil e fecham o acesso. O viaduto que deve resolver o problema está atrasado. Segundo a Santos Brasil, o acesso ficou fechado por seis horas.


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