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Micro e pequenas terão incentivo para servir aeroporto de Guarulhos

Acordo entre Sebrae e novo administrador mapeará oportunidades de negócios em meio à ampliação

Convênio prevê ainda a qualificação de microempreendedores nas comunidades do entorno do aeroporto

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

Cerca de 6.000 marmitas são consumidas ao dia pelos operários da obra do novo terminal do aeroporto de Guarulhos (Cumbica), que tem previsão de inauguração até a Copa de 2014.

A partir de abril, quando as chuvas cessarem e as obras se intensificarem, a demanda por marmitas vai dobrar -assim como as oportunidades para as micro e pequenas empresas.

A GRU Airport, nova administradora do aeroporto, e o Sebrae assinam amanhã um convênio que prevê estímulos para contratar micro e pequenas empresas. Serão mapeadas oportunidades para a participação do pequeno empreendedor nas obras do terminal e também na economia do próprio aeroporto.

O convênio prevê ainda um investimento de R$ 2,4 milhões, dividido em partes iguais entre o Sebrae e o aeroporto, para desenvolver programas e capacitar 3.000 moradores das comunidades do entorno.

"Há renda nessa região e queremos qualificar essa população, que nunca se relacionou com o aeroporto", diz o diretor-presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

"Podemos melhorar o entorno do aeroporto criando uma economia local."

Como a demanda da obra é imediata e não dá tempo de capacitar novos empreendedores, o Sebrae está montando uma lista de fornecedores de marmitas, uniformes, blocos de concreto (a obra vai demandar 1 milhão de unidades) e prestadores de diversos serviços de acabamento para que a OAS, responsável pela obra, possa contratá-los.

"Os pequenos têm muito a oferecer para uma obra desse porte em termos de agilidade e flexibilidade", diz Barretto. "Mas, para que sejam competitivos, buscamos empresas localizadas em um raio de 50 km do aeroporto."

A parceria com a GRU Airport integra um programa do Sebrae chamado Encadeamento Produtivo, que tem por objetivo ampliar o número de pequenos fornecedores para empresas gigantes, como Petrobras, Vale e Gerdau.

O programa nasceu de uma parceria com a Petrobras, iniciada em 2008. Desde então, já gerou R$ 3 bilhões em negócios para as mais de 17 mil pequenas empresas que passaram a fornecer para as grandes. Os investimentos no programa, metade custeada pelo Sebrae e a outra parte pelas empresas, somam R$ 109 milhões desde 2008.

"Fornecer para uma grande companhia é muito importante", diz Barretto. "Você passa a trabalhar com os mais altos padrões de exigência."

URBANIZAÇÃO

O acordo de capacitação das comunidades prevê ainda a participação da Prefeitura de Guarulhos, que promete implementar um programa de urbanização.

A ideia é que a população local possa integrar a economia do aeroporto, seja fornecendo verduras para restaurantes, administrando um pequeno negócio como um salão de beleza ou prestando serviços de táxi, de engraxate ou chaveiro.

O maior aeroporto do país recebe diariamente 30 mil trabalhadores -de funcionários das companhias aéreas e da administração do aeroporto a lojistas e prestadores de serviço. Até 2016, com a ampliação das operações, essa população deve dobrar.

PRÊMIO

Como forma de estímulo, o programa prevê prêmios em dinheiro (R$ 10 mil e R$ 20 mil, dependendo da categoria) para empreendedores individuais e microempreendedores que se destacarem durante os treinamentos.


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