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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Nova safra já derrubou preço dos grãos, mas queda poderá ser maior

O produtor precisa ficar atento ao comportamento dos preços daqui para a frente. A quebra de safra em 2012 levou as commodities a preços recordes em setembro.

A promessa de uma supersafra agora já faz com que os valores atuais estejam bem distantes dos daquela data.

A soja acumula recuo de 12%; o milho, de 7%; e o trigo, de 16% na Bolsa de Chicago.

O problema é o que vem pela frente. Mesmo com as eventuais dificuldades nas safras do Brasil e da Argentina, a produção será boa e bem maior do que a de 2012. Já os norte-americanos se recuperam e a produção poderá ser recorde.

Com isso, o contrato de dezembro da soja da Bolsa de Chicago aponta para US$ 12,6 por bushel (27,2 quilos). Esse valor indica uma queda de 13% em relação ao contrato de maio.

Pior ainda é a situação do milho. O contrato de negociação de dezembro da Bolsa de Chicago aponta US$ 5, 54 por bushel (25,4 quilos), 20% menos que os valores do contrato de maio.

Em setembro, período em que o Brasil coloca grande parte da safrinha no mercado, o milho estará com preços 17% inferiores aos estipulados para maio em Chicago.

Daniele Siqueira, da AgRural, alerta, no entanto, que tudo tem de dar muito certo para que ocorram essas quedas. No início de 2012 também se pintava um cenário parecido com esse, mas ocorreu o contrário, alerta ela.

Ainda a dúvida As incertezas sobre a safra argentina de soja persistem. O Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) continua com a improvável produção de 53 milhões de toneladas. Os analistas argentinos já admitem bem menos.

Abaixo de 50 milhões A Bolsa de Comércio de Rosário, devido ao estrago que o clima fez sobre a lavoura, prevê 48 milhões de toneladas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires estima 50 milhões.

Inferior Qualquer um desses dados está abaixo dos 55 milhões de toneladas previstos inicialmente. Os problemas argentinos começaram já no plantio, quando houve excesso de chuva.

Milho As previsões de 28 milhões de toneladas já ficaram para trás, com a estimativa atual recuando para 25 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Buenos Aires.

Bem aceita A revogação da Instrução Normativa nº 16 foi bem aceita pela cadeia de café, segundo o Ministério da Agricultura.

Produtos agropecuários têm deflação neste mês

A queda de preços das commodities já começa a se refletir de forma mais acentuada na inflação. Os produtos agropecuários, que terminaram o ano com alta de 18,8% no acumulado de 12 meses, recuaram para 15,6% neste mês, conforme os preços no atacado do IGP-M.

Esses valores ainda estão distantes da inflação média de 8,3% no mesmo período, mas os produtos básicos já registram deflação.

Entre os motivos desse recuo estão soja e milho, dois dos principais propulsores da alta no segundo semestre.

A alta desses dois produtos se espalhou por seus derivados no período.


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